PMs e bombeiros: Ibaneis recebe proposta de reajuste. Veja tabela
Governador do DF disse que, agora, vai analisar documento. Recomposição terá
impacto de R$ 2 bilhões ao longo de quatro anos
O governador Ibaneis Rocha (MDB) recebeu, nesta segunda-feira (14/10/2019),
a proposta de reajuste salarial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal. A minuta foi redigida por associações militares e
parlamentares do DF no Congresso Nacional, prevendo recomposição salarial de
37,5% em quatro parcelas anuais, com incorporação do auxílio-moradia ao soldo.
O emedebista, agora, avalia se a encaminha ou não ao Palácio do Planalto. O
impacto do aumento é de R$ 2 bilhões, entre 2019 e 2022.
O chefe do Executivo local pretende mandar a proposta para avaliação da
Secretaria de Segurança e do Ministério da Economia. Com a recomposição das
Forças de Segurança, incluindo a Polícia Civil, o governador também deseja
regulamentar a aplicação do Fundo Constitucional do DF (FCDF), para evitar
novos atritos com o Tribunal de Contas da União (TCU) e outras instituições
quanto à aplicação dos recursos. Todos os movimentos dependem de medida
provisória do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
“Nós estamos, há dois meses, trabalhando junto à
Presidência da República a questão da regulamentação do Fundo Constitucional
para nos dar segurança no que diz respeito ao reajuste tanto da Polícia Civil
como da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Mas a nossa intenção é
concluir isso no menor prazo possível”, assinalou Ibaneis Rocha
“Tudo para que possamos encaminhar ao presidente da República e ao
Congresso Nacional, posteriormente, a partir da análise da Presidência, e
solucionar toda essa questão do reajuste. Ele é mais do que merecido para todos
os profissionais, que já estão há vários anos sem ter qualquer espécie de
reajuste”, frisou o titular do Palácio do Buriti. O senador Izalci
Lucas entrega documento ao governador Ibaneis Rocha
Fazendo as contas: Segundo o senador Izalci Lucas (PSDB), que levou a
proposta a Ibaneis, a correção anual natural do FCDF garante as condições
financeiras para os aumentos das Forças de Segurança. Pelas contas do
parlamentar, o fundo terá aumento de R$ 1,4 bilhão em 2020; R$ 928 milhões no
ano seguinte; R$ 983 milhões em 2022; e R$ 1 bilhão em 2023.
“A proposta também prevê a equiparação dos
militares com algumas carreiras da Polícia Civil, como é o caso de coronéis e
delegados. Há uma certa simetria”, pontuou.
O impacto do reajuste das corporações militares será de R$
465.473.043,90 em 2019. Para o ano seguinte, terá o peso de R$ 853.795.908,48.
Em 2021, a previsão é de R$ 314.345.448,48. Por fim, em 2022, o reajuste
alcançará o custo de R$ 451.274.395,91. No caso específico da PM, a
recomposição vai responder por R$ 1.456.038.509,52. E para o Corpo de Bombeiros
Militar, a repercussão estará no patamar de R$ 628.880.287,26.
O tucano se mostrou sensível com a preocupação do governador sobre a
instabilidade nas interpretações do uso do FCDF. Assim, sinalizou que vai
trabalhar com o Palácio do Buriti para a aprovação de medida provisória a fim
de blindar as contas de Brasília. O senador pretende reunir-se com o Palácio do
Planalto para conversar sobre os dois temas.
Confira as sugestões de recomposição exclusivamente do soldo da PM e do Corpo de Bombeiros (em
R$)
Francisco Dutra –
Fotos: Michael Melo - Metrópoles
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