Reajuste para polícias em abril
O nome do senhor
foi cotado antes e continua em evidência para o Ministério da Educação, com os
questionamentos sobre o ministro Abraham Weintraub. O senhor foi sondado de
fato para o cargo? Tem muita conversa e especulação nesse
assunto. Mas, evidentemente, tem também muita gente torcendo e falando. Num
primeiro momento, deputados e senadores da frente evangélica e das bancadas de
Ciência e Tecnologia e Educação falaram comigo, mas não houve nenhum comentário
por parte do presidente e é ele quem decide isso.
Mas o senhor
aceitaria, se houvesse o convite oficial? Olha, eu
estou na vida pública por causa da educação, foi ela que me fez entrar na
política. Se eu tivesse liberdade de fazer o que acho necessário, não teria
nenhuma dificuldade em aceitar. Mas precisa haver um convite na prática, até
agora, é só especulação. E isso não é uma reivindicação minha, algo que eu
esteja em busca. Mas é um desafio que eu aceitaria se tivesse liberdade.
Que direção o
senhor seguiria se assumisse? A gente tem
de fazer investimentos em tecnologia, em banda larga, não tem como fazer
educação sem isso. O modelo tradicional tem de mudar, porque está falido.
Também é preciso pensar em educação profissional de uma forma mais ampla. Têm
as questões das avaliações que precisam ser revistas. Precisamos investir em
educação infantil para já resolver, porque a solução começa lá. Investimento em
educação. Tem que ver a que liberdade. Não é algo que trabalho para ser
convidado, mas fico feliz de que meu nome seja lembrado.
Que avaliação o
senhor faz da educação no primeiro ano do presidente Jair Bolsonaro? Tem
medidas positivas, mas a forma como elas foram tocadas é negativa. Há uma série
de coisas que não foram feitas, mas é preciso ver o jeito de se realizar. Tudo
deve ser feito sem atropelar. Então, o problema está na forma mesmo, e não nas
ações. O Future-se, por exemplo, é um projeto maravilhoso, mas foi muito mal
apresentado.
O senhor é um dos
únicos parlamentares da bancada no Congresso com um posicionamento mais
forte em relação ao governo Ibaneis. Está nos planos tentar o Buriti? O que eu tenho
colocado até para a equipe do governador é que a gente não deveria antecipar as
eleições. É ruim para a cidade. Ele antecipou e disse que vai para a reeleição,
em entrevista ao Correio. Eu acho que isso é ruim para o DF e atrapalha o
processo. Às vezes, diante disso, as pessoas colocam dificuldade em receber
ajuda pensando nessa questão eleitoral. O que eu quero é ajudar o DF, e nunca
se colocou tantos recursos federais no DF quanto agora.
O presidente
Bolsonaro assinou o PLN com o reajuste para as forças de segurança. Haverá
muita resistência no Congresso? Quando deve sair na prática? Eu
acho que não. Precisamos ter jeito. Apesar de o governo não ter mandado para
cá, nós aprovamos a mudança da Polícia Civil na LDO, ainda no ano passado. A
PCDF estava com tudo isso aprovado. Faltavam PM e Bombeiros. Nós vamos
trabalhar pela aprovação rápida, mas a Comissão Mista do Orçamento deve ser
montada no fim de março. Aí, é preciso aprovar na Comissão e depois ir para o
plenário. A previsão é para abril. Não tem como fazer antes.
Alexandre de Paula – Coluna “Eixo Capital” – Foto: Arthur Menescal/CB/D.A.Press - Correio
Braziliense
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