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Folia diabólica

Folia diabólica

*Por Circe Cunha

Assim como em outras cidades do país onde o carnaval é concorrido justamente pelo clima de “liberou geral”, em Brasília vai se instalando também, a cada ano, a folia do vale -tudo. Pelo que foi visto neste fim de semana em torno do Museu da República, com o bloco sintomaticamente denominado “Quem Chupou Vai Chupar Mais”, o précarnaval deu mostras do que vem por aí, prometendo transformar Brasília na capital do consumo desenfreado de bebidas e drogas, principalmente por menores, com multidões urinando nas vias públicas, banhos de xixi, cenas de sexo explícito, brigas generalizadas, sequências de roubos, de agressões, depredações de patrimônio público, assédio sexual e atentados violentos contra mulheres e todo  tipo de crime contido no Código Penal, inclusive assassinatos e latrocínios.

Esse bloco recebeu do GDF R$ 199.431. Verba que deveria ser repassada para a família de Matheus Barbosa. Veja a lista completa dos blocos de carnaval patrocinados. https://bit.ly/39rlT3i )

Aproveitando as multidões que se aglomeraram na mais problemática e violenta região da área central da cidade, a Rodoviária do Plano Piloto, gangues vindas de todos os cantos da capital, na ausência de um policiamento eficaz e duro, fizeram a festa de Momo, deixando um rastro de crimes e de impunidade. A cobertura legal imposta pelo Estatuto da Criança e do Adolescente aos (nem tão pequenos assim) marginais, a inoperância dos tribunais e o desânimo das polícias Civis e Militares, diante da sistemática impunidade a esses jovens bandidos e seus mentores adultos, tornam esse tipo de evento num verdadeiro festim diabólico.

Para os brasilienses que têm a infelicidade de morar nas vizinhanças onde acontecem essas orgias festivas, o caos e  o medo são os mesmos. Apavorados com o descontrole que parece tomar conta da capital, muitos brasilienses simplesmente deixam a cidade, assim como acontece no Rio de Janeiro, em São Paulo, Salvador, Recife e outras capitais que são tomadas por essas folias sem controle.

Para os idosos ou aquelas pessoas impossibilitadas de deixar a capital, o jeito é se trancar em casa e rezar. De fato, pelo que se viu, apenas nesse período pré-carnavalesco os órgãos de segurança têm se demonstrado incapazes de conter o vandalismo generalizado e a série de crimes que ocorrem dentro e nas vizinhanças desses blocos.

Obviamente que quando uma fatalidade acontece todos os envolvidos na realização de evento dessa natureza tratam logo de empurrar a culpa para o outro. Um exemplo é o caso do assassinato do jovem folião Matheus Barbosa, enterrado ontem. Não é culpa dos órgãos de segurança do DF, dos organizadores do bloco, das autoridades e da Administração da Cidade que concederam o alvará liberando a folia naquele local e de ninguém. A culpa é da omissão e da permissividade que parece ter tomado conta da sociedade brasiliense, que por razões diversa deixa de impor a vontade soberana dos cidadãos contra a realização, sem o menor critério, de eventos absolutamente sangrentos e obscenos como esses.

A frase que foi pronunciada: “A maioria dos homens são maus juízes quando seus próprios interesses estão envolvidos.”(Aristóteles, fundador da escola peripatética e do Liceu, filósofo grego.)
Invista: Parece que Janette Dornellas se alimenta de trabalho. Seus 30 anos de carreira musical impulsionam mais e mais projetos na cidade. Na sua biografia são várias as performances. Cantora, atriz, professora, diretora, produtora e a mais importante: educadora. É assim que nos concertos ela contagia a plateia com sua paixão. 
As próximas apresentações: Dia 15 e 16 O telefone, mostra infantil. Dias 15 e 16 O caso de Norma Desmond e o Telefone. Mostra adulta. Mini-mostra. -Cantora, atriz, professora, diretora, produtora, são algumas das funções que Janette Dornellas já exerceu em seus mais de 30 anos de carreira. Também traduz óperas para o português e faz as adaptações necessárias para que essas óperas agradem a todos. Nessa mini-mostra ela mostrará seus talentos em dois pequenos espetáculos, o monólogo O Ocaso de Norma Desmond e a a ópera O Telefone. Um drama e uma comédia muito envolventes. O Telefone (Mostra Infantil). Dia 15, sábado, e 16, domingo, às 11 horas e às 16 horas; Ingressos: R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia; Duração 30 minutos. Mostra adulta (sessão dupla).O Ocaso de Norma Desmond e O Telefone. Dia 14, sexta, e 15, sábado, às 20 horas; Dia 16, domingo, às 19 horas; Ingresso: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia; Duração total: aproximadamente. 01 hora; Local Sala Marco Antônio Guimarães. Espaço Cultural Renato Russo – 508 sul, Ingressos antecipados no site https://bit.ly/3buTbAw , Ou uma hora antes dos eventos na bilheteria do teatro (somente dinheiro ou débito)

Orla: Pelo Lago Norte os bombeiros estão fazendo um bom trabalho no lago. Sempre há lanchas circulando. Já a polícia lacustre não tem sido tão presente. 
Mudanças: Viajante anual para Barreiras e Buritirama, na Bahia, conta as mudanças de hábitos dos moradores graças ao acesso à televisão. Não havia comemoração de aniversários. Ninguém dava importância para chá de bebê, chá de revelação ou despedida de solteiro. Se esse poder da mídia televisiva fosse capilarizado para a educação, já seríamos um Brasil diferente. 
Reconhecimento: Contribuintes acompanham de perto, no Portal da Transparência do DF, >>>> https://bit.ly/2ShbbXj, investimentos, gastos e licitações sem burocracia. Inclusive por telefone, funcionários são bastante prestativos nas respostas aos pedidos de informação.

(*) Circe Cunha - Coluna "Visto, lido e ouvido" - Ari Cunha - Correio Braziliense






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