Dia de reverenciar as mulheres
Michelle Bolsonaro e o governador Ibaneis Rocha, em cerimônia no Palácio Alvorada
“Deus não
perguntará quantas coisas boas você fez na vida e sim quanto amor você colocou
naquilo que fez” (Santa Teresa de
Calcutá)
O Dia
Internacional da Mulher não é celebrado anualmente apenas para valorizar e
reverenciar as mulheres que, no mundo inteiro, se destacam pela grandeza de seu
trabalho e pelo heroísmo de conseguirem, ao mesmo tempo, serem mulheres,
filhas, mães, donas de casa, esposas, avós, ativistas e empreendedoras, como se
incorporassem, de uma só vez, todos esses imensuráveis e, muitas vezes,
heroicos atributos.
Não. O
fato que transformou o dia 8 de março vem de episódios históricos, que marcaram
a humanidade e as mulheres, para o resto dos tempos.
Como há
controvérsias sobre os motivos que ensejaram a escolha do a 8 de março como o
Dia Internacional da Mulher, entre elas, a ocorrência de grandes incêndios em
fábricas, no início do século, quando dezenas de operárias teriam perecido. O
mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle
Shirtwaist, que empregava 600 pessoas, em sua maioria, mulheres, imigrantes judias
e italianas, com idade entre 13 e 23 anos.
Esse
fato, em 25 de março de 1911, às 17h, matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e
21 homens. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato
Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido
pela sigla inglesa ILGWU.
A acadêmica Eva Blay considera “muito provável
que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao
imaginário coletivo da luta das mulheres”, mas ressalta que “o processo de
instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas
socialistas americanas e européias desde algum tempo antes e foi ratificado com
a proposta de Clara Zetkin.” Em 1975, 8 de março foi instituído como Dia
Internacional da Mulher, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada
em mais de 100 países - como um dia de protesto por direitos e celebração do
feminino, só comparável ao Dia das Mães.
Para
homenagear as mulheres nesse 8 de março de 2020, buscamos uma mulher—símbolo
que representasse o modelo da mulher moderna, dinâmica, empreendedora, atuante
e ativista das grandes causas. Escolhemos uma jovem esposa e mãe, ativista das
causas sociais e inclusivas.
Michelle
de Paula Firmo Reinaldo, nossa mulher-símbolo de hoje, nasceu em
Ceilândia, em 22 de março de 1980. Filha de Vicente de Paulo Reinaldo,
motorista de ônibus aposentado, natural de Crateús, no Ceará, e de Maria da
Graça Firmo Ferreira. Michelle é a mais velha de cinco irmãos.
Michelle
durante reunião que trouxe a boa notícia
Fez
alguns trabalhos como modelo, mas se afastou da carreira, aconselhada por uma
missionária da igreja que frequentava. Trabalhou em outras atividades, até que,
em 2004 conseguiu um emprego de secretária parlamentar na Câmara dos Deputados.
Em 2006, foi trabalhar no gabinete do deputado Jair Messias Bolsonaro,
casando-se com ele em 2007. Em 2010, nasceu Laura, irmã de Letícia Mariana,
filha de um relacionamento anterior de Michelle. Em 2013, casou-se em cerimônia
evangélica na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia,
no Rio de Janeiro.
Inspirada
na deficiência auditiva de um tio, Michelle aprendeu a linguagem dos sinais e,
desde quando morava no Rio de Janeiro, ela se dedica às ações sociais, como a
distribuição de alimentos para instituições carentes e também ajuda no
Ministério dos Surdos, atuando como intérprete de libras nos cultos de sua
igreja.
Durante a
cerimônia de posse do marido, Michelle comoveu o país ao discursar em libras,
no parlatório do Palácio do Planalto. Quem tem o privilégio de compartilhar de
sua atividade e de seu trabalho junto às pessoas carentes, sempre discreta, e
sem alarde, pode ver o comprometimento com que Michelle se dedica à assistência
social, voltando seu pensamento e sua emoção para todos aqueles que tanto
necessitam de ajuda.
Em fevereiro,
ela recebeu o secretário de Educação do DF, João Pedro, o governador Ibaneis, a
secretária do MEC, Ilda Peliz, e a secretária Priscila Gaspar, de Direitos
Humanos, para compartilhar a boa notícia dada pelo governador sobre a cessão do
clube Assef (Associação dos Servidores do Senado Federal) para a abertura da Escola
Bilíngue de Surdos do Plano Piloto.
Com visível
alegria, a jovem primeira-dama do Brasil, vai plantando e colhendo os frutos de
seu ideal de trabalho, exemplo para todos.
Por isso,
neste 8 de março de 2020, por meio de Michelle Bolsonaro, levamos o nosso
abraço e nosso reconhecimento a todas as mulheres que dedicam seu tempo às
causas sociais.
Para todas
elas, por este Brasil afora, enviamos o nosso respeito e admiração.
Por Jane
Godoy – Coluna 360 Graus – Correio Braziliense
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