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JESSICA WHITAKER E JAIR, O EQUILIBRISTA (Coluna Victor Dornas)

Por Victor Dornas 

No útimo domingo, no canal da populosa cidade de Indianápolis, um grupo de pessoas discutiam sobre questões políticas envolvendo o movimento “Black Lives Matter”. Trata-se de uma região pacífica onde o porte de armas é “liberado” e, por isso, no grupo havia pelo menos uma pessoa portando arma de fogo. Este grupo estava alinhado ideologicamente com o movimento de antítese que se autoproclama como “All Lives Matter”, isto é, em antagonismo ao “Black Lives Matter”. O problema é que outro grupo que ali passava e também estava armado escutou a conversa daquelas pessoas e resolveu se intrometer. 

Na falta de diálogo, os dois grupos se apartaram, porém alguém do grupo do “Black Lives Matter” resolveu atirar primeiro e com isso alvejou e matou uma jovem de 22 anos mãe de uma criança de 3. O episódio então foi abafado pela grande mídia americana por uma razão muito simples: A vítima, ao contrário do assassino, não estava alinhada ao movimento “Black Lives Matter”.

Não se verá por parte da mídia brasileira qualquer menção ao episódio também pois, conforme visto no caso de George Floyd, a ideia não é debater sobre violência ou refletir sobre os excessos cometidos por psicopatas e sim politizar com intuito de influência nas eleições presidenciais em novembro. 

Não há por parte dessa grande mídia ou de todo o “beautiful people” a capacidade de empatia com outro ser humano pois a solidariedade é reservada para aqueles simpatizantes de determinada causa coletivista. Não há nobreza, sentimentos bons e sim apenas uma pose, ou uma áurea de bom mocismo, ou bom modismo que qualquer psicopata de esquina é capaz de mimetizar. É tudo uma grande farsa, como os movimentos políticos brasileiros do tipo “Precisamos perdoar o PT” ou “Bolsonaro é genocida, devemos matá-lo ”, tudo isso tem origem na sociopatia que se apresenta camuflada de boa intenção.

Nossa imprensa em grande parte nada mais é do que uma cópia fuleira do editorial do New York Times, um jornal de amplo poderio político patrocinado por gente da “melhor” qualidade. Então se não se fala em Jessica Whitaker, a jovem assassinada lá no estado de Indiana, também não se fala aqui. Simples assim. É uma cadeia de jornalismo patrocinado com alcance internacional, uma teia das mais complexas e poderosas que quer definir eleições.

Falando em Brasil, a nossa imprensa que tem buscado de toda forma uma aproximação com os terroristas do PT, haja vista que o tucano é um animal em extinção, resolveu elogiar Jair Bolsonaro por ele ter “pedido” ao General Pazuello para telefonar ao ministro concursado Gilmar Mendes, aquele advogadozinho que confraterniza com gente tipo Jacob Barata Filho e acalmar os ânimos. Articulistas bem intencionados (raros) tentam refletir sobre como é difícil para Jair, o equilibrista, negociar com gente assim pela tal governabilidade e, ao mesmo tempo, manter saciada sua base ideológica cheia de certezas sobre tudo.

É interessante discutir sobre tudo isso. Qual o motivo de Bolsonaro não ter nomeado logo o general Pazuello como ministro da saúde e, com isso, ser poupado da pecha de presidente que mantém uma pasta da saúde em gestão interina em plena pandemia? Será que o próprio Pazuello não quer? Será que Bolsonaro quer Pazuello apenas como gestor na pandemia? E se fosse isso, não poderia ter logo nomeado e depois demitido, afinal de contas o fluxo ministerial já está em plano vapor de todo o modo? Tudo isso é bacana de discutir, especular.

A questão primordial persiste. Bolsonaro disputa um cabo de guerra com uma imprensa que seleciona cadáveres que merecem ou não as manchetes. Uma imprensa que sequer brasileira é de fato, uma vez que aquilo que se faz aqui é uma tradução do americano NY Times e alguma adaptação porca que sempre visa atacar o governo, negligenciando tudo que o favorece.

Se um dos advogados supremos da não é denunciado por ter recebido dinheiro sujo daquela mesma empresa de sempre, como ocorreu recentemente com o preposto número 1 do PT no Supremo, a imprensa volta a falar de Queiroz, ou da Amazônia, sempre no intuito de ofuscar escândalos ou episódios inconvenientes para fomentar essas narrativas burlescas que rendem lives entre gente tipo Luiz Henrique Mandetta, Drauzio Varela e Gilmar Mendes. 

Daqui a pouco talvez chamem o Lula para participar, por que não? Ministros de governos anteriores, flagrados em vexames políticos já “esquecidos” não assinaram um manifesto para darem pitaco nas políticas de saúde e ambientais no governo? Por que não incluir o Lula também? Ou quem sabe o goleiro Bruno? Ou ainda o Fernandinho Beira-Mar? Todos eles tem muito a contribuir com a gestão de Pazuello.

Fica aqui o registro deste humilde articulista em memória de Jessica Whitaker e uma advertência para o tipo de lixo americano que estamos importando e implantando no Brasil através de uma imprensa financiada por grupos internacionais. Lá já estão derrubando estátuas, de repente, no futuro, aqui comecem a questionar o Cristo Redentor como um símbolo da supremacia branca e com isso resolvam atirar umas bombas lá também. A esquerda, que sempre fez aquela crítica rasa sobre o imperialismo americano, agora está sendo financiada por grupos estrangeiros para trazer ao Brasil a crise cultural do norte.

Na política, a máscara de quem enriquece no proselitismo, sempre cai.



(*) Victor Dornas - Colunista do Blog Chiquinho Dornas ,fotos ilustração: Blog-Google

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