*Por Cibele
Moreira
Com o objetivo
de inspirar outras mulheres, empreendedoras que trabalham no Distrito Federal
em diversas frentes aceitaram o convite de compartilhar suas experiências como
embaixadoras no projeto Mulheres Hipercriativas. O encontro no Palácio do
Buriti, ontem, marcou o início dessa parceria e contou com a presença de
aproximadamente 40 profissionais, que vão multiplicar o conhecimento e divulgar
o projeto para que chegue ao máximo de pessoas.
A iniciativa,
coordenada pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e pela
Secretaria da Mulher do Distrito Federal, visa capacitar cerca de 4 mil
mulheres na capital e proporcionar a elas independência financeira. Para a
secretária da Mulher do GDF, Ericka Filippelli, o projeto oferece uma estratégia
poderosa para a autonomia econômica. “É uma perspectiva de futuro, porque a
gente sabe que no tempo de pandemia (a autonomia financeira) foi muito abalada,
principalmente para as mulheres”, afirma.
“E essas
embaixadoras são mulheres expressivas da nossa cidade. O que eu acho que é mais
bonito é que elas se colocaram à disposição para, voluntariamente, fechar esse
ciclo, essa rede. São inspiradoras, multiplicadoras que vão poder contribuir
com a história de vida que elas trilharam, com o exemplo, e mais do que isso:
com a sororidade, com o incentivo que é tão importante para a gente”, ressalta
a secretária Ericka Filippelli.
O diretor e
chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, ressaltou a
importância da ação. “É mostrar para as mulheres que a cultura é importante,
que gera emprego e renda e que, mais do que tudo, gera uma oportunidade para a
quebra de paradigmas, para que a gente possa colocar a mulher dentro de um
panorama de centralidade dentro da sociedade. Acho que esse é o grande legado
que a OEI quer trazer e que essa iniciativa tenta realizar”, pontuou. Raphael
Callou, da OEI, destaca a importância da cultura na ação
Para a
produtora cultural Tatiana Assem Haidar, 37, a pandemia da covid-19 trouxe um
desafio ainda maior. Professora de dança e coreógrafa, ela encontrou um novo
meio para se reinventar nos últimos sete meses. “Criei uma grife de roupas
voltada para o público da dança, do hip hop. Tive de usar da criatividade para
sobreviver”, pontua. De acordo com ela, o projeto é importante para se criar uma
rede de apoio entre as mulheres. “Uma ajudando a outra. Muitas encontram
dificuldade de empreender, pois precisam cuidar da casa, dos filhos, se
cuidar”, explica.
Ericka Filippelli,
secretária da Mulher: "Essas embaixadoras são mulheres expressivas da nossa
cidade"
Professoras: Além das
embaixadoras, o projeto está com o processo seletivo para professoras
facilitadoras. As inscrições seguem até 30 de outubro e tem como objetivo
contratar 40 professoras para ministrar as oficinas de capacitação on-line
voltadas para o público feminino. As interessadas poderão apresentar propostas
de cursos como: contadora de histórias, produção e comercialização de textos
literários; produção e realização de espetáculos culturais; criação de arranjos
florais de decoração para eventos; aperfeiçoamento de técnicas instrumentais e
desenvolvimento de capacidades musicais; publicidade, marketing, multimídia e
organização de eventos; moda; gastronomia; e gestão de empreendedorismo
A ideia é que as oficinas sejam ofertadas, gratuitamente, a partir de janeiro do ano que vem. Os cursos podem ter 40, 20 ou 10 horas de duração. Mais informações no site: ( https://bit.ly/3jjXHo4 )
(*) Cibele Moreira – Fotos: Carlos
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