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Contratos com uso indevido de verba pública no DF somam R$ 1,8 Bilhão

Contratos com uso indevido de verba pública no DF somam R$ 1,8 bilhão desde 2018, diz MP. Levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (9), data que marca Dia Internacional de Combate à Corrupção. Ações judiciais pela restituição dos valores recuperaram R$ 2,5 milhões.


De 2018 a 2020, sentenças judiciais por irregularidades no serviço público no Distrito Federal envolvem R$ 1,8 bilhões em uso indevido de recursos do governo. A dimensão dos impactos nos cofres públicos consta em levantamento do Ministério Público do DF (MPDFT), divulgado nesta quarta-feira (9), data que marca o Dia Internacional de Combate à Corrupção.


Os dados são de processos judiciais movidos pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep). Decisões que determinam a restituição de valores recuperaram R$ 2,5 milhões. As ações estão em curso.


A maior parte do prejuízo nos últimos dois anos ocorreu em contratos para a construção do Estádio Nacional Mané Garrincha. A arena teve o custo inicial de R$ 696 milhões. No entanto, após 25 termos aditivos, chegou a R$ 1,1 bilhão. A cúpula do governo à época, chefiado pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT), são réus na Justiça pelo caso.


Ao todo, há 239 ações judiciais movidas pelo Prodep em andamento. Entre elas, 107 são por ato de improbidade administrativa. Além disso, há 347 investigações abertas para apurar possíveis irregularidades. 


Prevenção O MP afirma que medidas de prevenção nos últimos dois anos impediram a aplicação de R$ 237 milhões em contratos suspeitos, com medidas como suspensão de licitação ou execução da verba.


Um dos mais recentes casos de intervenção do MP ocorreu por meio de uma ação civil pública contra o uso de recursos do fundo de contingência em publicidade não relacionada à pandemia da Covid-19. No caso, o gasto indevido seria de R$ 63 milhões. 


Na última semana, a Justiça aceitou denúncias do Ministério Público em outro caso de uso indevido de verba pública, desta vez, envolvendo o sistema de bilhetagem (SBA) do antigo Transporte Urbano do DF (DFTrans). No caso, houve o bloqueio de R$ 71 milhões em gastos previstos.

Policiais em ação durante operação Trickster, que investiga desvios no DFTrans.


A investigação, que faz parte da , que faz parte da operação Trickster, aponta que os réus adquiriam de terceiros cartões vale-transporte, estudantil e especial por valores inferiores aos originais. Em seguida, eles acionavam os validadores de viagens para simular o transporte e passageiros, o que grava créditos por serviços não prestados. A suspeita é de que o esquema tenha começado em 2014. Segundo a acusação, o grupo usava os cartões em ônibus, de forma sequencial e em linhas diferentes.



Por G1 DF  - Fotos Estádio Mané Garrincha, no DF — Foto: Breno Esaki-Agência Brasília - Mara Puljiz-TV Globo. Blog-Google

 

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