O Instituto de Gestão Estratégia de
Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) divulgou nesta quarta-feira (3) balanço
sobre resultados obtidos pelo Hospital de Base (HB) no atendimento a pacientes
com câncer. Referência na área, a unidade somou, ao longo de 2020, 2.207
primeiras consultas oncológicas. E, somente em janeiro de 2021, já foram feitas
185 primeiras consultas. Mensalmente, o HB realiza uma média de 1,8 mil
consultas oncológicas e mil sessões de quimioterapia. Os números foram
consolidados na véspera do Dia Mundial do Câncer, esta quinta-feira, 4 de
fevereiro.
O Hospital de Base é o único da rede
pública do DF a reunir em um mesmo espaço toda a linha de cuidados para câncer.
São eles: primeiras consultas; exames para diagnósticos precisos; cirurgias;
tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia; e acompanhamento ambulatorial
(consultas e exames periódicos).
Estrutura e equipe: Somente no
ambulatório, o HB conta com 34 médicos oncologistas clínicos, sendo 27
celetistas e 7 estatutários. Além disso, são 14 leitos de unidade de terapia
intensiva (UTI) e 10 leitos para hematologia.
Já na Ala de Internação da Oncologia
para tratamento clínico e quimioterápico, que fica no 10º andar do HB, os
pacientes são assistidos por 8 médicos, 16 enfermeiros, 54 técnicos de
enfermagem e mais uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais
e farmacêuticos. Nessa ala de internação, há 51 leitos de UTI.
Centro de complexidade: Pela
estrutura de excelência, o Hospital de Base é habilitado no Ministério da Saúde
como um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Isso porque a unidade
tem condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos
adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para o
diagnóstico definitivo e o tratamento de todos os tipos de câncer.
Segundo o cirurgião Bruno Sarmento,
chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do HB, esse é o diferencial da unidade.
“A missão do Cacon é oferecer a cada paciente um tratamento especializado, multidisciplinar
e de alta complexidade.”
Ainda de acordo com o especialista, o
Hospital de Base é o único da rede pública que consegue realizar “toda a
jornada do paciente, reunindo o maior número de especialidades e com grande
capacidade de resposta às demandas individuais dos pacientes e do sistema de
saúde”.
Em comparação às demais unidades
hospitalares da rede pública, Bruno Sarmento destaca que elas complementam o
atendimento oncológico do DF e costumam tratar tumores mais frequentes e menos
complexos.
Expectativas para 2021: Novas
aquisições para a Unidade de Oncologia do Hospital de Base estão previstas para
este ano. O objetivo é acelerar e aprimorar os atendimentos de pacientes com
câncer. “Captaremos recursos para adquirir um novo tomógrafo; um aparelho de
ressonância nuclear magnética; e uma câmara gama de medicina nuclear”,
exemplifica o superintendente do HB, Lucas Seixas. Ainda segundo ele, são
esperadas melhorias nas áreas de radioterapia e patologia.
Seixas acrescenta que o Hospital de Base
deverá aumentar em 50% o número de cirurgias com a aquisição de 46 leitos de
UTI de retaguarda, sendo 28 gerais, 10 de neurocirurgia e 8 de cirurgia
cardíaca. Também deverão ser ativadas duas novas salas cirúrgias eletivas.
“Hoje há 13 salas e serão 15 salas a partir de abril, funcionando nos três
turnos de segunda a sexta, nas manhãs e tardes de sábado nas manhãs de
domingo”, diz.
O superintendente ressalta que a capela
de exaustão da Farmácia de Manipulação de Quimioterápicos do HB está pronta e
que só aguarda a liberação da Vigilância Sanitária do Distrito Federal. “Esse
espaço vai possibilitar o aumento da oferta das sessões de quimioterapia”,
informa.
Thays Rosário - Foto/Ilustração: Bog-Google