“Estaremos fadados à falência e ao desemprego”, afirmou hoje o
presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do DF, Wagner da Silveira.
A entidade engrossou o coro de apelos do setor produtivo ao GDF para
flexibilizar o decreto de lockdown. Enviou documento hoje ao governador Ibaneis
Rocha pedindo uma série de medidas de socorro aos comerciantes. “Nos deixem
sobreviver, precisamos que o senhor governador seja sensível ao que estamos
passando”, reforçou Wagner.
A CDL também está em contato com os administradores dos shoppings para
que flexibilizem a cobrança dos aluguéis dos lojistas em razão das medidas
restritivas ao comércio.
“As micro e pequenas empresas enfrentam grandes dificuldades. Os prejuízos só se acumulam. O setor produtivo necessita do apoio do Poder Público e de todas as partes com ações mais efetivas que possibilitem a sobrevivência dos lojistas e, consequentemente, a preservação dos empregos”, ressalta o documento da CDL enviado ao GDF e aos shoppings.
A entidade pede inclusive o fim dos pontos facultativos este ano, a
permanência da lei seca e a ampliação do horário de funcionamento do comércio
para se evitarem aglomerações.
Medidas pleiteadas pela CDL no DF: Reabertura dos shopping centers às
10h e o fechamento às 21h, evitando, assim, a concentração de pessoas em um
único horário determinado; Funcionamento do comércio de rua das 9h às 21h;
Funcionamento de bares e restaurantes até as 22h, cabendo fiscalização e
punição rigorosas; Isenção de pagamento pela ocupação de áreas públicas para todos
os segmentos; Parcelamento do IPTU para todos os lojistas que ficaram fechados;
Postergação do pagamento do Simples Nacional para o segundo semestre; Lei seca
para venda de bebidas alcoólicas após as 22h até as 6h; Postergação dos prazos
dos processos do DF Legal em relação aos programas de gerenciamento de resíduos
sólidos e demais licenciamentos e taxas para o segundo semestre; Isenção de
multas sobre qualquer tributo do DF no mês de março de 2020; Adoção de medidas
de distanciamento em ônibus e metrô. Proibição de passageiros em pé em ônibus e
limitação da quantidade de pessoas por vagão de metrô; e Fim de ponto
facultativo para os próximos feriados para desestimular aglomerações.