As sete unidades de pronto atendimento (UPAs) que estão sendo construídas com recursos próprios do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) devem ser concluídas gradativamente até setembro deste ano. Foi o que anunciou nesta quarta-feira (17) o novo presidente da instituição, Gilberto Occhi, ao se apresentar aos colaboradores logo após tomar posse.
Para o novo presidente do Iges, a construção das
UPAs é uma das principais contribuições que a instituição deve dar para ampliar
e melhorar os serviços de saúde pública do DF. “Construir UPAs é muito
importante porque a demanda é crescente”, enfatizou. “Saúde não tem hora e
também não pode esperar. E as UPAs funcionam 24 horas.”
Desafios na pandemia: Gilberto Occhi destacou
que, diante da nova onda do coronavírus, a prioridade para enfrentar a pandemia
é garantir o funcionamento pleno das unidades administradas pelo Iges-DF
(Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e suas UPAs).
O desafio, segundo ele, é manter essas unidades
abastecidas com medicamentos e oxigênio; equipadas com leitos e aparelhos que
atendam pacientes com covid-19; e operando com equipes de profissionais de
saúde motivadas e em quantidade suficiente para atender à demanda.
Para alcançar esses objetivos, o presidente
enfatizou que é necessário promover, a curto e a médio prazos, a reestruturação
administrativa e financeira da instituição. Na prática, essa reforma começou
ainda em fevereiro, logo após o nome dele ter sido aprovado pelo Conselho de
Administração do Iges para presidir a instituição.
Essa reestruturação, conforme Occhi, prevê o
imediato corte de gastos. Isso incluiria a revisão de contratos com
fornecedores, com o possível cancelamento de serviços que sejam considerados
dispensáveis; a adoção de medidas que reduzam gastos com energia elétrica
consumida pelas unidades da instituição; a devolução à Secretaria de Saúde de
servidores cedidos ao Iges; e o enxugamento da folha de pagamento dos
colaboradores.
“Vamos dar uma grande contribuição à população do
DF mantendo o atendimento nas unidades e entregando a construção das UPAs”,
afirmou Occhi. “Mas, para isso, precisamos fazer o dever de casa e reorganizar
todos os gastos. O controle dos gastos é o primeiro passo. E esses gastos
envolvem contratos com prestadores de serviços, fornecedores e recursos
humanos”, enumerou. “Temos que ter a capacidade de medir e saber o que ocorre
para que possamos divulgar as nossas boas notícias.”
Aos colaboradores, Occhi pediu empenho e
compromisso para que seja revertido o atual cenário de gastos do instituto.
Para ele, todos são responsáveis por ações que levem o Iges a cumprir sua
missão de ser referência em gestão na saúde. “O compromisso é fundamental para
superarmos as dificuldades. O problema é de todos nós”, alertou.
Hospital de Base: Occhi disse ainda que, em
conversa com o governador, Ibaneis Rocha lhe conferiu a missão de trabalhar
para que o Hospital de Base, que já é referência em saúde pública do Distrito
Federal, seja também referência para o Brasil. “Um hospital onde todos queiram
ser atendidos”, enfatizou, acrescentando que ações já estão em curso para
melhorar o atendimento no HB.
Como exemplo, destacou que está retomando as
conversações para que possa entrar em operação o equipamento PET-CT, um
aparelho que faz exames de imagens de alta definição para diagnósticos
oncológicos. O equipamento ficou largado durante sete anos num corredor do
Hospital de Base e somente no ano passado foi instalado. Agora, aguarda
autorização de funcionamento do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Para
isso, Occhi anunciou que vai acelerar os procedimentos administrativos para que
o Iges-DF receba o sinal verde.
Texto: Ederson Marques - Fotos: Davidyson Damasceno - Ascom Iges-DF