test banner

Caso Lázaro: Histórias que se repetem

Caso Lázaro: Histórias que se repetem

 

Um caso ocorrido entre 1994 e 1995 na região de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, tem sido comparado com o episódio do maníaco Lázaro. Dois irmãos acostumados a se embrenhar no mato passaram quatro meses escondidos, sob busca de policiais e moradores da região depois de cometerem uma série de crimes, inclusive com violência sexual. No desfecho, um dos irmãos, Ibraim Oliveira, acusado de nove assassinatos morreu sob tiros de policiais do Bope. O irmão, Henrique Oliveira, 21, morreu antes. Segundo a PM, o disparo ocorreu quando Ibraim tentou atacar um agricultor com uma faca. O caso ficou conhecido como “Irmãos Necrófilos”, porque eles praticavam sexo com os cadáveres de suas vítimas.

Davi x Golias: Enquanto moradores, comerciantes e fazendeiros de Cocalzinho (GO) estão aterrorizados com a presença do maníaco Lázaro Barbosa de Sousa na região, policiais que acompanham as buscas estão pessimistas quanto a um desfecho rápido do caso. É um embate em que, de um lado, há um exército de policiais treinados e equipamentos para buscas de criminosos e, de outro, um alvo esperto, que está em seu habitat natural e não tem nada a perder. É uma espécie de guerra dos Estados Unidos contra o Vietnã. Davi versus Golias. E já sabemos como acabou.

O caso Lázaro virou discurso para bolsonaristas que criticam direitos humanos. O deputado Eduardo Bolsonaro postou ontem (17/6:) “Lázaro é só mais um exemplo de criminoso que só não cometeu crimes em sua vida adulta durante um período: em q esteve preso. Todos que bradam: ‘Mais escolas, menos cadeia’, ‘Prisão é universidade do crime’, ‘Superlotação é desumano’… Mordem a isca para que bandidos como este estejam livres”

Para que lado vai o PSL? O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) esteve na posse do advogado Manoel Arruda na presidência do PSL-DF. Foi convidado e apareceu. Muita gente se perguntou o que o tucano foi fazer na festa do ministro da Justiça, Anderson Torres, que está, indiretamente, comandando a legenda. E o secretário-geral, Zenobio Rocha, é seu parceiro político.

Tudo dominado: Nas contas do governador Ibaneis Rocha (MDB), oito partidos apoiam a sua reeleição, entre os quais o PSL. O novo presidente, Manoel Arruda, é seu aliado desde os tempos de OAB. Foi conselheiro na gestão de Ibaneis como presidente. É também parceiro do ministro da Justiça, Anderson Torres.

Edital reconhecido pelo CNJ: O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que o exercício da advocacia só pode contar pontos em concursos para cartórios, na fase de títulos, se feito durante 36 meses por inteiro. O CNJ analisou processo em que uma candidata aprovada em segundo lugar em concurso para cartório em Brasília pedia revisão de seus pontos. Ela argumentava que o exercício da advocacia durante dois anos e sete meses, ainda que durante três anos distintos, seria suficiente para a contagem de pontos extras. A tese foi rejeitada pelo CNJ. “O que o CNJ fez foi reforçar a importância do edital do concurso, que exigia tempo mínimo de advocacia de três anos”, afirmou Rafael Carneiro, do Carneiros e Dipp Advogados, defensor da concursada aprovada em primeiro lugar, que entrou no processo como parte interessada. Com a primeira colocação confirmada, ela terá, assim, o direito de assumir o tradicional cartório do 2º Ofício de Notas e Protesto, no edifício Assis Chateaubriand. A renda média verificada pela Receita Federal no ano passado entre os mais cartórios do país foi de R$ 100 mil.

No páreo: Apesar dos rumores de que teria desistido da candidatura à presidência da OAB-DF, o advogado Evandro Pertence garante: continua no páreo.

Base forte: O governador Ibaneis Rocha fez questão de desfazer a impressão de que estaria criticando a PM do DF pela dificuldade na captura do maníaco Lázaro Barbosa. Fez também por respeito à corporação e pelos políticos que as representam, como o líder do governo na Câmara Legislativa, Hermeto (MDB). O distrital considerou a repercussão da entrevista equivocada. “O governador Ibaneis Rocha tem total confiança e certeza da capacidade dos policiais de todas as forças, em especial aos policiais civis e militares do DF envolvidos na missão de capturar Lazaro, perigoso assassino que vem aterrorizando os moradores do DF e Goiás”, disse Hermeto.

Bancada unida pela flexibilização da lei de improbidade: Toda a bancada de deputados federais do DF votou a favor do projeto que dificulta a condenação de gestores por ato de improbidade administrativa. Oito votos sim. Proposta segue agora para o Senado.


Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos – Correio Braziliense


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem