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Faleceu, o amigo cineasta Moacir Ferreira de Oliveira

Moacir Ferreira de Oliveira 

Discreto e afeito a conversas de bastidores, Moacir Ferreira de Oliveira nasceu em Sabará, na região do ouro de Minas Gerais, em 1947. Dividiu-se, incialmente, entre a poesia e realização de curtas-metragens. Começou com “A Vida Apenas”, ficção realizada em 1969. Dez anos depois, dirigiria o documentário “Senghor – Viagem a Ouro Preto”, com o qual registrou a visita que o presidente do Senegal e um dos difusores da Negritude, fez à primeira capital mineira. Realizaria, ainda, filmes dedicados a dois artistas plásticos – “Franz Weissmann”, sobre o brasileiro de origem austríaca (1911-2005), e João Câmara, pintor paraibano-pernambucano, hoje com 77 anos.


Sempre com apoio de José Aparecido de Oliveira, que foi governador de Minas, de Brasília (DF) e ministro da Cultura no Governo Sarney, Moacir passou a dedicar-se à gestão cultural. Além de presidente da Embrafilme, foi titular da Secretaria do Audiovisual.


Em 1989, Moacir de Oliveira participou de projeto cinematográfico que agitou a capital brasileira – o longa-metragem coletivo “Brasília, a Última Utopia”, composto de cinco episódios, todos ligados à paisagem física e humana da cidade criada por JK, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.


Com “A Paisagem Natural”, Vladimir Carvalho mergulhou na vegetação do cerrado goiano, que cedeu espaço à cidade sonhada por Dom Bosco. O episódio ganhou, por comparação, o apelido de “Goianiqatsi”, já que na época fazia imenso sucesso o filmensaio “Koyaanisqatsi”, de Godfrey Reggio.


O baiano-brasiliense Roberto Pires dirigiu “A Volta de Chico Candango”, o cearense e professor da UnB, Pedro Jorge de Castro, “O Sinal da Cruz”, e o jovem Pedro Anísio, “Além do Cinema do Além”, com Joel Barcelos.


Moacir de Oliveira escolheu como inspiração para seu episódio, a “Suíte Brasília”, composição de Ricardo Vasconcelos, que encantava a capital federal em concertos, em especial os da Galeria Cabeças, comanda por Néio Lúcio.


A morte do cineasta e gestor cultural foi comunicada à Revista de CINEMA por Carlos Alberto Prates Corrêa, diretor de “Cabaret Mineiro”, “Noites do Sertão”, “Minas Texas” e “Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais”, este, um filmensaio sobre o cinema mineiro e brasileiro.

Vladimir Carvalho evocou a morte do colega Moacir de Oliveira lembrando “o vazio que ele deixa nas hostes de nosso cinema”, pois era “uma pessoa íntegra e competente e disso deixou provas em sua passagem pela Embrafilme, sempre identificada com as posições mais progressistas e coincidentes com as de nossa categoria profissional”.

Maria do Rosário Caetano - Compartilhado do site “Revista de Cinema"


 

 

 

 

 


 

 

 

 

 


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