O aniversário da
iniciativa é celebrado com números positivos. São, ao todo, 60 edições
realizadas, público médio de 400 pessoas diárias e mais de 70% de aprovação da
comunidade para que o encontro seja mantido.
“A W3 está sendo repaginada no sentido de sua utilização, ampliando para possibilidades culturais, turísticas e, com essa abertura para o lazer, a integração da família, que é a sua vocação. É uma avenida com várias facetas que está se preparando para voltar a ser a princesa de Brasília”, resume o secretário de Governo, José Humberto Pires, responsável pela coordenação do projeto Viva W3. “É a W3 para o cidadão, um espaço onde ele pode caminhar, andar de bicicleta e se encontrar com as pessoas. O resultado é maravilhoso porque destacou uma política pública fundamental que é a mobilidade ativa”, destaca a secretária-executiva de Políticas Públicas da Secretaria de Governo, Meire Mota.
Instituído pelo Decreto nº 40.877/2020, o Viva W3, na prática, permite o fluxo livre de pedestres, ciclistas, enfim, pessoas de todas as idades e disposição pelo local, com a interrupção de circulação de carros entre as quadras 503/703 Sul e 512/912 Sul, das 6h às 18h, aos domingos e feriados. Com isso, as rotas do transporte coletivo foram transferidas para as vias W4 e W5 Sul no mesmo horário. Desde o início a atividade foi articulada com a participação dos moradores e empresários da região.
“Nenhuma gestão deu tanta atenção e colocou a W3 Sul como pauta do que essa de Ibaneis Rocha”, chama atenção o empresário Miguel Galvão, idealizador do PicniK e um dos sócios do Infinu, comunidade criativa que abriga várias empresas na 506 Sul, além de vice-presidente da Câmara de Economia Criativa da Fecomércio-DF. “O Viva W3 surge como a nova fase de Brasília, a Brasília do futuro. E traz uma Brasília que estávamos com saudade”, diz o empresário.
Morador e prefeito comunitário da quadra 715 Sul, o servidor aposentado Carlos Cezar Soares Batista, 60 anos, é um entusiasta do projeto Viva W3, que, segundo ele, entre outras coisas, é uma alternativa a mais na cidade para cuidar da saúde física e mental. “Foi uma feliz surpresa para nós, moradores dali. Além de proporcionar lazer, traz certa tranquilidade com relação à poluição sonora e ambiental para aqueles que moram próximo à avenida”, observa. “É o único dia realmente da semana em que abro as portas e janelas da minha casa, que dá para o fundo da W3 Sul. Esse projeto é muito bem-vindo e espero que continue”, reforça a aposentada Marlene Tomazzetti, 71 anos, há mais de 30 anos moradora do setor.
Roteiro turístico cultural: Para que o Viva W3 seja realizado todos os domingos e feriados, vários órgãos do GDF atuam, na logística, em ação compartilhada, sob a coordenação da Secretaria de Governo. Fazem parte do grupo SLU, Secretaria de Mobilidade (Semob), Novacap, DER-DF e DF Legal, além do Detran, mobilizando, assim, uma média de 60 servidores de todos esses órgãos por encontro.
O Viva W3 trouxe vários benefícios para a região, como instalação de lixeiras, troca de iluminação, renovação e inspeções dos becos que ligam a W3 à W2, além de obras de urbanizações das quadras 500
“Cada órgão tem seu papel no projeto, no auge da pandemia, o DF Legal auxiliou bastante com entrega de máscaras e na fiscalização do uso”, conta Meire Mota. “Para garantir a segurança tanto dos pedestres, quanto dos ciclistas, volta e meia realizamos campanhas educativas na altura da Biblioteca Demonstrativa (507/707)”, explica, Rogério Netto, chefe de Apoio Operacional do Detran, que integra o grupo de monitoramento do Viva W3 criado pela Segov.
Para Meire Mota, secretaria-executiva de Políticas Públicas, não há dúvidas de que o Viva W3 trouxe vários benefícios para a região, como instalação de lixeiras, troca de iluminação, renovação e inspeções dos becos que ligam a W3 à W2, além de obras de urbanizações das quadras 500, que incluem a recuperação e troca de piso de calçadas, pinturas de sinalizações horizontais e das placas de sinalização, enfim, a reorganização dos estacionamentos. A expectativa é de que as três praças que fazem parte do projeto arquitetônico da W3 Sul sejam inseridos no projeto Adote uma Praça, da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe), o que já acontece com pelo menos um desses espaços, a Praça 21 de Abril (707/708 Sul), que terá o seu projeto original resgatado.
“Vamos recuperar todo o calçamento nas quadras 700. O governador já autorizou as obras que começarão em breve”, antecipa Meire Mota, da Segov. “Já a Praça 21 abril está em fase de adoção, aguardando aprovação da Seduh”, relata a gestora.
Colhendo o sucesso da primeira fase do projeto Viva W3, a Segov trabalha agora, com outros órgãos do GDF, para a criação de roteiros turísticos culturais e gastronômicos na região. Para tanto, um mapeamento dos equipamentos culturais e de interesse turístico foi realizado, assim como a definição de murais temáticos em todo o circuito W3, como o que estampa a parede lateral da Biblioteca Demonstrativa (507 Sul), criação do artista Gogoun. Outras iniciativas em fase de estruturação são ações de conscientização com a comunidade sobre o descarte de lixo, uso de lixeiras, utilização dos becos e acesso às garagens residenciais, além de um projeto para as icônicas bancas de revistas da via.
“A W3 ainda não tem uma programação cultural forte, mas a equipe está trabalhando para a criação de uma agenda de economia criativa. É a principal via da cidade, com obras fundamentais e tem uma paisagem que é uma obra de arte, com equipamentos urbanos valiosos”, diz Meire Mota. “Esse projeto de recuperação de vários espaços da W3 estava sendo sonhado há anos e agora é tirado do papel. Será de uma utilidade grande do ponto de vista comunitário”, defende o titular da Segov, José Humberto.
Galeria de Fotos: - ( https://bit.ly/3zlGLa7 )
Ainda não vi grandes melhoras, aliás algumas coisas pioraram...
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