Como relator, o senhor fez o meio de campo na
discussão do projeto de lei do Mandante. Quem ficou feliz e quem não
gostou? É importante reforçar que esse projeto vai possibilitar uma maior
visibilidade dos pequenos clubes. Mas a gente tem que destacar também a questão
das torcidas. A partir do momento que o projeto for sancionado, as torcidas
poderão, em curto prazo de tempo, assistir jogos não mais em apenas uma
emissora de televisão, mas, sim, na tevê fechada e em diversas plataformas. Muitos
clubes gostariam de ter mais liberdade em relação às emissoras que detêm a
exclusividade da transmissão. Foi um texto construído com muito diálogo e que
vai beneficiar o futebol brasileiro como um todo.
O que muda com a nova lei? É um projeto que
traz a liberdade para os clubes e vai possibilitar uma maior concorrência entre
as emissoras. A proposta respeita os contratos existentes, porém aqueles clubes
que não têm contrato com emissoras, logo após a sanção poderão vender seus
jogos, e assim ter a lucratividade esperada. É a possibilidade real do clube
mandante poder vender seus jogos para qualquer tipo de plataforma, ou seja
canal aberto ou fechado, streaming e com certeza arrecadar recursos bem
maiores.
Para o torcedor, quais são os benefícios? O projeto
oferece ao torcedor a alternativa de poder acompanhar os jogos em diferentes
tipos de plataformas, além das tevês aberta e fechada.
Há vantagens para os grandes clubes do futebol
brasileiro, mas e os pequenos times? Esse projeto chega para tentar
equilibrar as vantagens para os clubes pequenos. Se citarmos como exemplo um
jogo entre Cuiabá x Flamengo, onde o Cuiabá poderá vender o seu jogo, o clube
vai conseguir uma renda que nunca imaginava ter ao longo desses campeonatos. Se
ele estivesse dentro do pacote, apenas receberia uma participação do jogo. Com
o projeto ele acaba sendo o ator principal. Isso vai acontecer todas as vezes
que ele for o mandante e jogar com times fortes. Claro que os grandes times
continuarão ganhando, mas os clubes pequenos são os maiores interessados.
Quando a gente pensa em futebol e pandemia, há o
risco de contaminação. A Copa América trouxe novas cepas do coronavírus para o
Brasil. Mesmo assim, valeu a pena receber a competição? O país ainda está
em alerta em relação à pandemia. Mas também temos que reconhecer que o ambiente
pelo qual houve a liberação dos jogos foi um ambiente que seguiu todos os protocolos
de segurança. Além do mais, a Copa América também ajudou a fomentar a economia
do nosso país.