test banner

Ibaneis: redução do ICMS de combustíveis

Ibaneis envia projeto sobre redução do ICMS de combustíveis à Câmara Legislativa. Chefe do Palácio do Buriti anunciou envio do projeto de lei à Casa pelas mídias sociais. Na postagem, ele argumenta que responsabilidade sobre a disparada dos preços não é dos governadores

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), enviou à Câmara Legislativa, na noite desta terça-feira (24/8), o texto do projeto de lei que trata da redução da alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadoria (ICMS) incidente sobre combustíveis. A proposta prevê uma renúncia de arrecadação superior a R$ 345,5 milhões. 


Caso aprovada e sancionada, a lei diminuirá a alíquota praticada no DF para o menor percentual do tributo em comparação com o restante do país. Para o consumidor, a previsão é de economia de 10% no gasto com gasolina ou álcool e de 20% em relação ao diesel. "Com essa medida, vamos abrir mão de uma receita de mais de R$ 345,4 milhões", anunciou Ibaneis, em uma rede social. 


As alíquotas são tributos com valores fixos ou porcentagens de cálculo do ICMS. O imposto final é resultado do preço do bem multiplicado pela alíquota praticada na respectiva unidade da Federação.


Ibaneis ressaltou, porém, que os valores atuais são os mesmos aplicados desde 2016 e argumentou que o aumento registrado no preço dos combustíveis não é responsabilidade dos governadores. "O preço do combustível é variado pelo dólar, pelo lucro da Petrobras e (pelos) tributos federais, mas estamos fazendo a nossa parte, cortando parte dos impostos de nossa competência", completou. 

Agora, o texto do PL deverá ser protocolado na Câmara Legislativa e ser apreciado pelos deputados distritais em dois turnos. Caso aprovado, o documento volta ao Executivo local, para sanção.


Renúncia tributária por ano: R$ 54,9 milhões, em 2022; R$ 113,7 milhões, em 2023; R$ 176,7 milhões, em 2024.


Paulo Tavares, Presidente do Sindicombustíveis-DF, disse que a redução do ICMS dos combustíveis vai ajudar a baixar o preço na bomba. “Esses 3% de diferença hoje pode significar até 0,20 de redução no preço no litro. Esperamos que isso seja aprovado na Câmara Legislativa. Como eu sempre digo, o problema não é o posto, mas o imposto.”


O setor comemorou a iniciativa do GDF de enviar projeto de Lei à Câmara Legislativa para reduzir as alíquotas que incidem sobre os combustíveis na capital federal (veja abaixo a proposta). “Tivemos a grata notícia hoje que o GDF, através do secretário André Clemente, nos ouviu. Tivemos uma reunião há  15 dias com ele em que solicitamos a força do GDF na tentativa de baixar um pouco o preço da gasolina que hoje já está ficando insuportável devido à política de preços da Petrobras”, contou Tavares.

Será enviado Projeto de Lei à Câmara Legislativa para que o tributo caia 3% em três anos e retome ao patamar cobrado há seis anos. O GDF pretende renunciar a uma receita de R$ 345 milhões até 2024 com a redução do ICMS para combustíveis.

Atualmente, a alíquota no DF para o álcool e a gasolina é de 28% e, no caso do diesel, 15%. Os valores, no entanto, são praticados desde 2016, sem sofrer qualquer reajuste na atual gestão. De acordo com o texto do PL, propõe baixar as alíquotas para  25% e 12%, respectivamente.

Isto fará o DF retomar a menor taxa de ICMS praticada no Brasil, que gira entre 25% e 34% atualmente.

Instabilidade Política: Para o governador Ibaneis Rocha, há um entendimento errado por parte de alguns setores de que os Estados são os culpados pela alta dos preços dos combustíveis.

“Houve nove reajustes de combustíveis. Isso é gerado pela instabilidade política pelo que passa o Brasil, que faz com que o dólar chegue a quase R$ 6 e puxe o preço do combustível. Precisamos de um ambiente de harmonia, onde o empresário consiga trabalhar e possamos atrair investimentos internacionais”, analisa o governador ao reforçar que o imposto está no mesmo patamar cobrado há muitos anos.



Samara Schwingel – Correio Braziliense


 


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem