Rock de Brasília e Toninho Maia ganham homenagem na Colina da UnB
Setur-DF instala placa indicativa de rota turística no local
onde Renato Russo e Fê Lemos se encontraram para fundar o Aborto Elétrico e
ouviam as instruções musicais do guitarrista Toninho Maia, na virada das
décadas de 70/80
A Setur convidou um grupo de agentes de viagem,
representantes de operadoras de turismo, guias especializados, jornalistas e
influenciadores digitais para um mini tour que percorreu pontos como a 508 Sul,
onde as bandas se apresentavam na Feira de Música, nos anos 80 e a Upis
(712/912 Sul), onde está montada uma exposição com fotos, discos, instrumentos,
cartazes de shows e até Disco de Ouro dos artistas que construíram a história
do rock de Brasília, com entrada gratuita.
Momento Histórico: “O que estamos vivendo aqui é um momento histórico”, disse a
secretária Vanessa Mendonça.
A Guia de Turismo e moradora de Brasília, Eliana Barbosa,
participou da inauguração da placa de sinalização da Rota do Rock, na Colina, e
acredita que a cidade merece reviver os tempos que marcaram e que fizeram a
diferença na produção intelectual, cultural. “Tudo isso precisa ser ressaltado
e reforçado, pois com o passar dos anos, Brasília foi miscigenando os estilos e
perdendo a origem, o princípio, os primeiros anos, as primeiras gerações da cidade
e o que eles produziram”, disse a Eliana Barbosa.
“Eu acho fundamental porque registra esse momento histórico e
cultural da cidade, e traz um novo significado aos espaços que estamos
habituados a ver, só quem conhece a história por trás. Então, é um resgate
cultural fundamental para quem quer conhecer Brasília por esse viés mais
artístico, mais cultural”, declarou o diretor Musical do Clube do Choro,
Henrique Neto, durante a inauguração da placa sinalizadora da Rota do Rock, na
Colina. Além disso, o músico acredita que as pessoas devem se espelhar nessa
iniciativa e transformar a nossa boa cultura em alguma coisa que seja rentável,
o mercado cultural movimenta muitos recursos ao redor do mundo e se posiciona
como uma das indústrias mais lucrativas. “O Brasil que é um país cultural e
criativo deve seguir bons exemplos como o que a Secretaria de Turismo do DF
está fazendo aqui e merece todos os aplausos”, finalizou.
Alma: "É maravilhoso! Simplesmente, maravilhoso! Até
emocionante! A gente está com pessoas que viveram isso e é muito bom. Vou
chegar em casa agora, montar a rota e publicar para começar a oferecer ao
público, porque eu acho que é o que eles falaram: faz parte da história de
Brasília. Brasília não é só o Congresso, Brasília não é só isso, Brasília é
isso aqui, isso aqui é o nosso âmago, nosso coração. Muito bacana, achei
fantástico”, exclamou emocionada a proprietária da Suprema Tur, Gabriela
Wiederman. A empresária enxerga na iniciativa conjunta da Setur-DF, da
Upis e do músico Philippe Seabra, dentre outros, a criação de um produto
turístico cheio de alma. “A gente tá com quem viveu isso, quem viveu isso está
trazendo junto o sentir deles e isso não é temos todo dia. A gente conta a
história, vai para arquivos, vai para livros e cria nossa história, mas a gente
tá escutando de quem viveu a histórias deles. Isso é fantástico”, disse.
Em outros países, as empresas de turismo levam os turistas
para verem túmulos de artistas e, em Brasília, as empresas poderão levar o
visitante para conhecer histórias dos músicos ainda vivos. Essa é a impressão
do guia de Turismo, Billy Deeder, que participou da época em que as bandas de
rock surgiram na cidade e foi convidado para a inauguração da placa
sinalizadora da Rota do Rock, na Colina. “A gente estudava junto. Eles
começaram na Música e eu comecei no Turismo. Esse reencontro é muito bacana.
Apesar de eu usar várias dessas informações nos meus City Tours diários, é
muito bom ter uma rota oficial dessa história, participar do lançamento das
rotas e relembrar isso tudo, reviver essa época de quando a gente era bem mais
jovem e poder levar isso pra frente mais oficialmente do que as histórias que
eu tinha”.
“Essa rota ressignifica a história do rock de Brasília e faz
uma justa homenagem ao movimento musical que fixou a cidade no mapa da música
brasileira”, afirma a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça.
Resgate: O professor de Turismo da Upis, Leonardo José Brandt, acredita
que o turismo deve valorizar o que é importante na cidade, resgatar a sua
história e a sua alma. “O turista hoje quer isso, o turismo de experiência,
vivenciar as coisas que a cidade tem, sair daquele tradicional de ver só os
monumentos. Apesar de que Brasília tem várias rotas para a gente visitar, não
só a do Rock. Mas, especificamente, sobre a Rota do Rock, eu estou muito
orgulhoso e sei que dá pra crescer muito mais. A inauguração das placas é o
início de uma série de produções associadas ao Turismo, como o museu
definitivo, souvenirs, enfim, podemos fazer muitas coisas”, sinalizou o
professor.
O Circuito : A Rota Brasília Capital do Rock foi oficializada pelo Decreto
nº 42.074<https://www.legisweb.
A rota Brasília Capital do Rock passa a integrar diversas
outras rotas criadas pela Setur-DF para ajudar moradores e visitantes a
conhecerem melhor os atrativos da capital federal e segue um padrão
internacional de sinalização, com informações bilíngues em Inglês e Espanhol
para atender também o turista estrangeiro. A Coleção Rotas Brasília conta,
ainda, com a Rota Fora dos Eixos; do Cerrado; da Paz; Cultural; Náutica, Cívica
e Arquitetônica. Essas já estão mapeadas e disponibilizadas no site da Setur-DF
(http://www.turismo.df.gov.br/
“Agora, o segmento musical do rock como destino
turístico será tratado como atração principal e com as luzes que realmente
merece. Considerar esse estilo tão importante para a história da nossa capital
sob a perspectiva da consolidação de um destino é uma conquista inédita e de
valor estratégico para o desenvolvimento de todos os setores, em especial, o do
turismo. E só foi possível estruturar um projeto como esse, graças à atuação
integrada do nosso governo com a iniciativa privada, os acadêmicos e os músicos
que carregam no DNA o melhor do rock e de Brasília”, ressalta Vanessa Mendonça,
secretária de Turismo do DF.
Quando o público chegar a uma destas estações terá a
oportunidade de conhecer o fato do rock ocorrido ali, por meio de um resumo da
história. Acessando um QR Code, será possível ampliar este conteúdo no Google
Earth (É PRECISO BAIXAR O APLICATIVO PARA O CELULAR). As placas, com
iconografia padrão e identificação por uma nota musical, contar a história
resumida remetida àquele local. “Ainda nesta semana, outras 14 placas como esta
aqui da Torre de TV serão instaladas em locais como a Colina da UnB, Ermida Dom
Bosco e Espaço Cultural Renato Russo, entre outros”, informa a secretária
Vanessa Mendonça.
Placas já instaladas na primeira fase do projeto: 1. Torre de TV – Onde vários grupos se
apresentaram ao longo dos anos; 2. UPIS – Onde havia várias apresentações; 3. QI 8 Lago Norte – Residência de Philippe
Seabra 4. Colina UnB – Onde moravam vários dos músicos; 5. Ed. Rádio Center – Onde as bandas ensaiavam; 6. Esplanada dos Ministérios – Grandes shows de
aniversário da cidade; 7. Estádio Nacional Mané Garrincha – Shows de
Legião Urbana e Capital Inicial; 8. SQS 303 – Residência de Renato Russo; 9. Espaço Cultural Renato Russo - Antigo Teatro
Galpãozinho (508 sul); 10. Entrequadra 110/111 SUL – Food’s – Onde as bandas
subiam em caminhões para tocar; 11. Centro de Convenções Ulysses Guimarães; 12. Concha Acústica de Brasília – Lançamento do LP
Rumores; 13. Centro Comercial Gilberto Salomão – Lago Sul –
Local do primeiro show do Aborto Elétrico; 14. Residência Raimundos – QI 9 do Lago Sul – Casa do
Digão; 15. Ermida Dom Bosco – Onde se costumava promover
shows de rock