A cidade mais populosa do Distrito Federal ganhou a
segunda unidade de pronto-atendimento (UPA), ontem. Ao lado de aliados, o
governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), inaugurou o espaço na
Expansão do Setor O. A capacidade para atendimento é de 4,5 mil pessoas por
mês. Além dessa estrutura, o Executivo abrirá outras seis, que se encontram em
fase de construção. Elas ficarão no Gama, Paranoá, Riacho Fundo 2, em
Brazlândia, Planaltina e Vicente Pires. Juntas, devem receber 31,5 mil pessoas
mensalmente. O objetivo, segundo o chefe do Palácio do Buriti, é desafogar o
pronto-socorro dos hospitais da rede pública de saúde.
As obras, os equipamentos e o mobiliário das sete
novas UPAs custaram R$ 51 milhões aos cofres públicos, com recursos repassados
pela Secretaria de Saúde. Durante a solenidade de entrega da unidade de
Ceilândia, Ibaneis abordou a importância do acolhimento fora das emergências
hospitalares. “É um momento muito especial, porque, agora, precisamos retomar
os atendimentos da Saúde no DF. Quanto mais desafogarmos os hospitais, mais
condições haverá para fazermos cirurgias eletivas e os atendimentos que ficaram
parados durante a pandemia”, declarou.
O funcionamento da unidade de pronto-atendimento
começou após a cerimônia de inauguração. Ibaneis acrescentou que pretende
acelerar a entrega das outras seis UPAs, bem como das unidades básicas de saúde
(UBSs) em construção. “Temos a previsão de entregar mais cinco UBSs neste ano.
Para nós, é um momento de retomada da saúde do DF, após um ano e meio com
vários leitos fechados”, destacou. O emedebista reforçou, também, a meta de
finalizar a aplicação da segunda dose contra a covid-19 em toda a
população e comentou que pretende reabrir hospitais de campanha fechados,
deixando esses espaços, especificamente, para receber pacientes com a doença.
Praça Japonesa: Na sequência, o governador
seguiu para outro compromisso da agenda oficial. Em comemoração aos 65 anos da
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Ibaneis reinaugurou
a praça Kasato Maru, no Riacho Fundo 1. A solenidade contou com a presença do
presidente da empresa, Fernando Leite, e do embaixador do Japão, Akira Yamada.
O nome da praça surgiu em homenagem ao primeiro navio que veio do país asiático
trazendo imigrantes para o Brasil, em 1908.
Impossibilitado de comparecer ao evento, o ministro
Massami Uyeda, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), doou cinco mudas de
cerejeira para plantio na praça. A árvore é considerada um dos símbolos do
Japão. O embaixador do país agradeceu o presente: “Espero que, por muitos anos,
esse jardim seja amado por toda a comunidade e que continue um lugar de
relaxamento e descanso, proporcionando felicidade para quem se interessa pela
comunidade japonesa. E que os jovens nikkei (imigrantes japoneses e descendentes)
preservem-no e disseminem essas práticas às outras pessoas”, discursou.
Boletim diário: Com mais 1.004 casos de
covid-19 confirmados ontem, o Distrito Federal registrou a maior média móvel
desde 2 de junho. O indicador resulta da soma de diagnósticos positivos dos
últimos sete dias dividida por sete. Comparada a duas semanas antes, o número
subiu 29,2%. Além disso, houve alta em relação às mortes: com 22 novas
notificações, a média móvel aumentou 11,4% em relação ao verificado 14 dias
antes. Apesar dos números, a taxa de transmissão da doença caiu de 0,91 para
0,9 — o que indica desaceleração do contágio. No entanto, Taguatinga passou da
marca de mil mortos pela doença.