O Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde (IGESDF) registrou nesta segunda-feira (13), na 5ª
Delegacia de Polícia, boletim de ocorrência para denunciar tentativa de
extorsão, por celular, contra a filha de um paciente que está em tratamento de
quimioterapia no ambulatório do Hospital de Base (HBDF).
O paciente é Francisco
Veloso, 70 anos. Na sexta-feira (11), ele foi com a filha Patrícia de Carvalho
da Silva para mais uma sessão de quimioterapia no HB. Antes de ele ser
atendido, Patrícia recebeu um telefonema pelo celular. Do outro lado, uma voz
masculina perguntou se ela se chamava Patrícia e se o pai dela iria fazer a
quimioterapia.
Diante da resposta positiva, o interlocutor disse que a Secretaria de Saúde não havia liberado os medicamentos para a quimioterapia, mas se ela fizesse um depósito via pix o pai dela receberia a medicação. Patrícia conta que logo percebeu tratar-se de um golpe e, preocupada, desligou antes mesmo de o golpista falar qual seria o valor do pix. “Depois que me acalmei, tentei retornar a ligação, mas deu número de celular restrito e ninguém atendeu”, relatou.
Patrícia garante que nem
ela nem Francisco nunca deram o número do celular para alguma pessoa estranha
durante as idas ao Hospital de Base. “Fiz amizade com uma senhora que também
estava com o pai fazendo quimioterapia, mas não dei meu celular nem pra ela nem
pra ninguém”, afirma. Patrícia denunciou o caso à direção do HB, que é
administrado pelo Iges.
Ao se manifestar sobre a tentativa de extorsão, a vice-presidente do IGESDF, Maristela Souza de Jesus, esclareceu que “são totalmente gratuitos” tanto os remédios fornecidos aos pacientes quanto qualquer procedimento médico realizado no Hospital de Base, no Hospital Regional de Santa Maria e nas seis unidades de pronto atendimento (UPAS) administrados pela instituição. A Polícia Civil agora vai apurar o golpe.