Após mais de duas semanas com a taxa de transmissão
acima de 1, o Distrito Federal registrou, ontem, o índice de 0,97, o que
significa que 100 pessoas transmitem a doença para outras 97. Ou seja, o
controle da pandemia no DF está de acordo com o recomendado pelas organizações
de saúde. Se o número for maior do que 1, a crise sanitária tende a piorar.
Caso seja menor, a pandemia tende a acabar.
Nas últimas 24h, o DF registrou 616 novos casos e
11 mortes causadas pelo novo coronavírus. Com a atualização dos dados, a
capital do país totaliza 510.159 casos e 10.692 (2,1%) vidas perdidas para a
covid-19. Do total de contaminados, desde o começo da pandemia, 492.696 (96,6%)
estão recuperados.
Em relação à taxa de ocupação dos leitos da unidade
de terapia intensiva (UTI) adulta, o índice é de 73%, com 65 dos 108 leitos
ocupados e 19 bloqueados. Não há leitos esperando por liberação. Além disso, 67
pessoas estão na lista de espera da rede pública, sendo que três são de
pacientes com suspeita ou confirmação da covid-19. Enquanto na rede privada, a
taxa de ocupação dos leitos adultos é de 76,67%, com 139 dos 184 leitos
destinados aos pacientes infectados com o covid-19 ocupados e dois
bloqueados.
Até o momento, 2.227.385 pessoas foram vacinadas
com, pelo menos, uma dose; 1.402.505 com duas; e 58.072 com a vacina de dose
única. Ontem, a Secretaria de Saúde registrou 33 aplicações de primeira dose
(D1), 3.972 de segunda dose (D2) e 1.246 doses de reforço. Não foram aplicadas
vacinas de dose única. Da população total de 3.052.546, cerca de 72,97%
receberam uma dose e 47,85% estão com o ciclo vacinal completo.
Alívio: A analista de sistemas Amanda Nogueira,
40 anos, tomou a segunda dose ontem, acompanhada do filho Thiago, 14, que
também já está imunizado com a D1 da Pfizer. “É um alívio. O período de
isolamento foi muito pesado, especialmente para ele. Estou em home office até
hoje. Estamos nos cuidando bastante”, garante Amanda. Para Thiago, voltar às
aulas presenciais no modelo híbrido foi um alívio por um lado e um sufoco por
outro. “Está muito difícil aprender, porque perdemos matéria ano passado”,
lamenta.
O casal de youtubers Laura e Kelvin França, ambos
de 31 anos, seguiu à risca as orientações dos epidemiologistas. Pais de
Anthony, 4, e Lis, 2, fizeram uma quarentena rigorosa e, assim que chegou a
vacina para a faixa etária deles, não perderam tempo. Neste sábado, estiveram
no posto da 114 Sul para tomar a segunda dose e, depois, levaram os filhos para
atualizar o cartão de vacina. “Evitamos até levar as crianças nas consultas
mensais. Há uma semana, fomos a um restaurante pela primeira vez desde março do
ano passado. Foi bom, mas assustador. O tempo inteiro pensava: será que estou
fazendo o certo, será que vou pegar logo agora, antes de tomar a segunda
dose?”, relata Laura.