Eu estava atrás da Alexis Thompson quando ela foi
bater, virou para trás e falou: Fica aí, que você me dá sorte. Ela
me deu um abraço depois e pude pegar a assinatura dela e de outras meninas.
Quero incentivar muitas pessoas a jogar golfe Bella Simões, sobre o intercâmbio
com uma das atletas mais jovens do Ladies Professional Golf Association (LPGA)
Chupeta na boca, fralda, uma boneca nos braços e um
taco de plástico na mão. Foi assim que a brasiliense Bella Simões entrou pela
primeira vez em um campo de golfe. Ela tinha apenas dois anos. A paixão foi à
primeira vista. Depois das primeiras tacadas, a pequena pediu ao pai, que lhe
apresentou o esporte, para continuar nos gramados.
No fim de semana passado, a jovem atleta de oito anos faturou o título do PGA
Invitation 2021, na Flórida, Estados Unidos. Mais uma conquista para o seu
jovem, mas extenso currículo de conquistas. Ostenta dois títulos mundiais, duas
Floridas Champion, Georgia Champion, Texas Regional Champion, Jekyll Island
Champion, UA Regional Champion e UA National Runner Up.
Os treinamentos da menina começaram no Clube do Golfe de Brasília. À época, o
professor Vicente Pereira travou uma batalha para dar aula a uma criança de
dois anos. Quando Bella foi pela primeira vez ao Mundial, em 2019, Bruno
Freitas assumiu o posto. Ao verem o futuro promissor da golfista, e com o
objetivo de oferecer ainda mais oportunidades para se aprimorar no esporte, os
pais de Bella decidiram levá-la para os Estados Unidos. A família vive entre o
Distrito Federal e Miami.
A pequena treina no Don Law Golf Academy, clube especializado em formar Future
Stars (futuras estrelas na tradução livre) e mantém uma rotina regular de
quatro horas diárias de treinamento. Além disso, nos Estados Unidos, Bella tem
a oportunidade de assistir de perto aos grandes torneios de golfe do país.
A brasiliense acompanhou de perto um campeonato que a marcou bastante: o Ladies
Professional Golf Association (LPGA). “Eu estava atrás da Alexis Thompson
quando ela foi bater, virou para trás e falou: ‘Fica aí, que você me dá sorte’.
Ela me deu um abraço depois e pude pegar a assinatura dela e de outras
meninas”, conta Bella ao Correio Braziliense sobre o dia em que esteve perto da
mais jovem golfista a competir no U.S. Open.
Metas: A trajetória de Bella deixa a estante de conquistas
cada vez mais cheia e a torna uma promessa do golfe. Inspirada nos astros Nelly
Corda, número 1 do ranking mundial feminino, e Tiger Woods, a jovem brasiliense
gostaria de representar o país nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, quando estará
com 11 anos, mas é muito nova.
“As Olimpíadas são mais complicadas. Usam o ranking profissional. Então, não é
o amador que é bom, é a primeira jogadora da LPGA e são poucas vagas. Alguns
países participam se estiverem dentro do ranking. Se não tiver jogadores ali
dentro, o país fica fora. O Brasil não tem nenhum jogador perto de se
classificar para os Jogos. Só teve na Rio-2016 porque o país-sede tem direito a
uma vaga”, pondera o pai de Bella, Rodrigo Simões.
Antes dos Jogos Olímpicos, a golfista de Brasília tenta fazer história no U.S.
Open, no Masters Tournament e no LPGA. Quando questionada sobre outros desejos
no esporte, Bella aponta: “Quero muitas crianças jogando e quero incentivar
muitas pessoas a jogarem golfe”.