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MÚSICA » Conexão eletrônica com Brasília - "A brasiliense Camila Jun"

Música » Conexão eletrônica com Brasília. A brasiliense Camila Jun coloca trilha sonora eletrônica na beleza espacial da cidade

A DJ brasiliense Camila Jun realiza desde maio o projeto Live’s por Brasília, que conecta o público com a rica arquitetura modernista da cidade e seus pontos turísticos, por meio da música eletrônica. As produções de manifestações artísticas desde o ano de 2020 acontecem de maneira on-line, e o palco, muitas vezes, é a casa dos artistas. Ao escolher os locais do projeto, Camila realizou pesquisas cuidadosas para que todos os lugares levassem o público ao sentimento de liberdade.

 

“No início do projeto, estávamos saindo de um momento de reclusão muito grande, todos permaneciam em casa. Eu entendi que as minhas escolhas teriam que ter uma espacialidade e um respiro” explica Camila.

 

A DJ realizou três episódios de sua série, que estão disponíveis no YouTube. O primeiro local escolhido pela artista foi o Eixão do lazer, uma das principais avenidas da cidade.

 

“Eu escolhi o Eixão por ser muito inusitado. A gente nunca tinha visto um projeto desse, onde um DJ ocupa essa avenida enorme para fazer uma live de discotecagem de música eletrônica. O Eixão é uma via muito significativa para o lazer da cidade. Escolhi esse ponto de partida para lembrar essa importância”, conta Camila.

 

Ao propiciar um olhar inusitado para quem assiste, o segundo episódio recebeu como cenário o Museu Nacional, localizado no Setor Cultural Sul. Projetado por Oscar Niemeyer, o museu tem formato semi-esférico e é um dos cartões-postais da capital. “A estrutura do Museu é quase espacial, e também está ao ar livre, como o Eixão. Eu quis mostrar a genialidade das curvas da cidade de uma maneira diferente”, comenta.

 

Com um set de sonoridade mais intensa, a DJ leva às Live’s tracks que nem sempre estão presentes nas pistas, proporcionando, durante o projeto, uma experiência singular com a música. Sua última apresentação aconteceu na Concha Acústica, um espaço cultural ao ar livre, com vista para o Lago Paranoá.

 

“A Concha Acústica foi um dos lugares mais especiais para mim. Ela (Concha Acústica) carrega a bandeira das minhas paixões, que é a cultura e a arte. É um imenso palco a céu aberto, hoje em dia estamos morrendo de saudade de estar nesses palcos, de poder fazer arte fora da internet, foi muito forte poder voltar lá”, destaca a DJ.

 

Todas as captações audiovisuais do projeto recebem a assinatura da produtora Cria MOV. Durante as gravações, a equipe passeia com drones e câmeras pela DJ e pelo cenário selecionado. Cada episódio da série tem cerca de uma hora de duração, e pode ser acessados no canal da artista no YouTube. A DJ não revela as datas e os próximos locais de gravação, mas comenta que para o ano de 2022 tem alguns projetos em mente.

 

“Temos pelo menos mais dois episódios para gravar. Os locais já estão definidos, mas será uma surpresa para o público. Pretendemos fechar as lives até dezembro, pois já temos alguns projetos para 2022”, finaliza.


Lara Leal – Correio Braziliense



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