As esculturas de
Zaragoza, que morou muito tempo no Brasil, são parte do lote de 58 peças
(inclui também desenhos e quadros), doado pelo artista ao Museu Nacional da
República (MUN) em 2017.
O diretor do museu na
época, Wagner Barja, se recorda : “Quando Zaragoza me ligou, fiquei
petrificado”. Personalidade do mundo das artes e da publicidade e propaganda (é
o “Z” da prestigiosa Agência DPZ) em São Paulo, Zaragoza teria ouvido falar da
política de constituição de acervo do MUN, que havia criado um núcleo de arte
política.
Zaragoza é um “coringa
no acervo do Museu da República”, afirma Barja. Curador independente, com
notório saber em artes plásticas, teoria e história da arte e arte-educação, o
ex-diretor do MUN considera que a ida das peças de Zaragoza para o Parque de
Esculturas frisa a vocação do MAB em construir discursos estéticos sobre a arte
contemporânea na capital.