A
abertura do encontro aconteceu nesta sexta-feira (5) e contou com a presença da
secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, do administrador Regional de
Samambaia, Gustavo Aires, líder comunitária Regininha, a presidente do Grupo de
Noivas Juninas do Brasil, Cida Salles, e as noivas juninas.
Para
Vanessa Mendonça, os festejos juninos permitem a conexão dessa tradição de um
estado com o outro e isso faz com que o visitante venha para Brasília para
poder ter uma experiência diferente.
“Brasília
está sendo a capital dos festejos juninos. Nesse período, esse grupo vai
vivenciar o turismo de experiência, gastronômico, arquitetônico, cívico e o
cultural. Receber um grupo tão heterogêneo representa uma troca de experiência
entre as cidades que fortalece o turismo. por meio desse visitante que
vem aqui para poder vivenciar esse intercâmbio de cultura, de arte, de
tradição. Isso é o turismo, conectar pessoas, fazer com que as pessoas se
desloquem para conhecer uma nova cidade por meio de uma experiência”, declarou
a secretária Vanessa Mendonça.
“Somos
uma cidade feita por pessoas de todos os cantos do país que vieram aqui para
construir e deixaram seus legados, culturas e vivências, que até hoje são
cultivadas. Temos tradição nos festejos juninos, eu tenho muito orgulho em
saber que este encontro de noivas representa a luta pela permanência do
movimento junino. Parabéns a todos”, finalizou o administrador.
O city
tour aconteceu na manhã deste sábado e proporcionou ao grupo um passeio que
começou na Igrejinha de Fátima e na Quadra Modelo de Brasília, na 308 Sul, e
passou pelo Conjunto Cultural (Biblioteca Nacional e Museu Nacional da
República), Catedral Metropolitana, Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três
Poderes. Nesses lugares, as visitantes puderam conhecer a história por trás de
cada um deles, tirar fotos, dançar e cantar, tudo com muita alegria e gratidão.
Para a amazonense Iolanda Dias, que participou das edições anteriores no Ceará, Manaus e Salvador, os encontros sempre superam todas as expectativas. “É um momento muito especial, uma troca, um intercâmbio cultural gigante. Conhecemos histórias e realidades diferentes. A história da quadrilha junina gira em torno do casamento, por isso, a noiva é a figura mais importante e influente. Esse encontro está realmente sendo muito mais do que a gente imaginava, esse carinho da Secretaria de Turismo é inédito, que faz a gente se sentir muito importante”, afirmou.
A
baiana da Ilha de Itaparica, Vitória César, é noiva há cinco anos e este é o
quarto encontro do qual participa. Para ela, a reunião do grupo por si só
acontece sempre com muita alegria e expectativa alimentada por um ano inteiro.
“No entanto, em Brasília está sendo tudo muito diferente e maravilhoso. É a
primeira vez que estamos recebendo o suporte do governo local e está fazendo
toda a diferença. Mostra cuidado com a gente. Parece pouco mas representa muito
para todas nós. Brasília já está no meu coração”, disse Vitória
Casamento para valer: Casamento de Cida Salles e Marcelo Campelo durante o 7º Encontro
Nacional de Noivas Juninas do Brasil.
“Eu fundei o Grupo de Noivas Juninas do Brasil.
Elas são minha família, minhas melhores amigas. E no ano passado quando eu e
Marcelo decidimos nos casar, falei: vamos casar no encontro e em Brasília! Foi
um sonho realizado, foi lindo e emocionante! Além disso, a capital é uma cidade
significativa para o movimento junino e para os pleitos que temos. Aqui está
sendo um divisor de águas para o Grupo de Noivas Juninas, estamos saindo muito
mais fortalecidas”, disse a presidente Cida Salles.
Tradicionalmente, os encontros aconteciam no mês
de maio, antecedendo os grandes festivais de quadrilhas juninas em todo o país.
Após o intervalo de um ano do evento, em função da pandemia, o grupo decidiu
fazer no mês de novembro e a data agradou. Cada noiva que participa da reunião
é responsável pelo pagamento da passagem aérea do destino até a capital
anfitriã e pelos gastos com hospedagem e alimentação.
Esse custo representa a economia de um ano
inteiro, pois tudo que envolve os acessórios e as roupas das quadrilhas juninas
é bastante oneroso. Para a noiva junina, principal personalidade do festejo, o
gasto é ainda maior.
A noiva junina de Capela (SE), Crislane Santos,
contou da necessidade de cada uma se organizar e se preparar financeiramente
pro evento. “A gente fica um ano juntando dinheiro para participar dos
encontros. É maravilhosa a troca de experiência, a confraternização. Sempre
acontece algo novo. Este ano estou realizando um sonho! Certo ano fiz até rifa
para conseguir participar do encontro, em outro deixei de comprar uma
televisão. Estar aqui é uma realização pessoal, está sendo mais que
maravilhoso”, disse a representante de Capela (Noivas juninas se divertiram durante city tour que
fizeram pela capital federal)
É uma longa trajetória, mas a cada ano é sempre
um aprendizado. Para a gente que é do nordeste vê que Brasília tem quadrilhas
juninas e a forma como ela faz, para nós, é surpreendente e chamou muito a
nossa atenção. Vai ser muito bom conhecer essa cultura de perto, ver como eles
se comportam, está sendo um encontro muito esperado e num local que está se
estabelecendo como um dos melhores de quadrilha junina do Brasil”.
As
tradicionais festas juninas, que representam a segunda maior manifestação
cultural do país, ficando atrás somente do carnaval, constituem a principal
fonte de renda para a maioria dos trabalhadores desse segmento. Em Brasília,
que tem ampla influência nordestina, elas ganharam ainda mais destaque e hoje
são reconhecidas nacionalmente.
Dessa forma, existem cerca de 50 grupos
constituídos em organizações de quadrilhas juninas do DF e Entorno. O 7º
Encontro Nacional de Noivas Juninas do Brasil vai acontecer na Chácara Manacá
em Samambaia, que acolhe o grupo Si Bobiá a Gente Pimba, que venceu o 19º
Circuito Brasileiro de Quadrilhas Juninas, em 2019.