Se a pandemia perdura
em 2022, a ordem do Governo do Distrito Federal (GDF) é clara: continuar com o
pé no acelerador. Das pequenas e diárias obras de reparo às grandes
intervenções de infraestrutura, o planejamento vai seguir o cronograma com mais
de mil ações em andamento e outras 600 já aprovadas e prontas para sair do
papel. A garantia disso tudo vem da Secretaria de Governo, pasta comandada por
José Humberto Pires, que orquestra as ações executadas nas 33 regiões
administrativas.
É da pasta dele, inclusive, que sai todo o planejamento do GDF Presente, programa inédito e bem-sucedido do governo no cuidado diário das cidades, desde 2019. As solicitações das pequenas intervenções são feitas pelos cidadãos via ouvidorias. Mas eles vão ganhar, até o fim do trimestre, mais um canal de atendimento: a Administração 24 horas.
O que podemos esperar
do GDF Presente em 2022? Antes de responder, eu preciso fazer uma pequena
retrospectiva. O GDF Presente foi o instrumento mais próximo da população que o
governo teve até esse momento. Ele nasceu como SOS DF, para exatamente
recuperar os muitos equipamentos públicos deteriorados que encontramos, e a
partir da determinação do governador Ibaneis Rocha de que o governo fique
próximo perto da população. A gente usa até um jargão: o governo acontece na
porta do cidadão. Um dos problemas que o governador viu durante a campanha é
que a população reclamava muito da demora na resposta de uma demanda. E era
muito demorado mesmo.
Então, resolvemos
criar um instrumento em que todos os órgãos estariam juntos para estar perto do
povo e diminuir esse tempo de resposta. O programa evoluiu para o GDF Presente
e tem funcionado muito bem, com a colaboração de todos os órgãos de zeladoria
do governo, como Novacap, SLU, Detran, Caesb, da CEB, da Secretaria de
Administração Penitenciária com o projeto Mãos Dadas, as secretarias de Obras,
de Agricultura, o DER…
E como funciona o GDF
Presente? A partir de polos. Dividimos o DF em 10 regiões e todas
receberam maquinário e trabalhadores, que são deslocados para onde serão feitos
os reparos. Tudo é feito a partir de um planejamento: 15 dias antes, visitamos
os locais com o administrador, mapeamos os problemas para, quando as equipes
chegarem, o trabalho sair mais rápido. Agora eu respondo: o que se pode esperar
para 2022? Uma ação ainda mais forte. Vamos ampliar o projeto Mãos Dadas e
teremos mais trabalhadores nas ruas.
Um novo contrato para
fornecimento de massa asfáltica está sendo fechado. Teremos 12 empresas que vão
atuar em todas as cidades como uma força de trabalho adicional, porque um dos
problemas mais graves é a malha viária do Distrito Federal, muito antiga e
desgastada, neste tempo de chuvas muito fortes. Não vamos nos limitar ao
tapa-buracos; as vias que tiverem mais que 25% de avarias serão integralmente
recapeadas, com asfalto de qualidade. Esse mapeamento já está pronto e é um
aprimoramento no trabalho do GDF Presente.
“Com o programa Administração 24 horas, teremos as
oito horas de funcionamento presencial, mas no restante do dia será possível
acessar os serviços das administrações virtualmente, pela internet. O
aplicativo vai oferecer os serviços principais e o cidadão terá uma resposta
mais rápida e com menos burocracia para seus pleitos”
E em relação às
parcerias com os órgãos, o que teremos de novidades? A CEB já está
preparada para fazer a troca da iluminação, das lâmpadas queimadas, o Detran
para fazer a pintura das faixas de pedestres e o DER está esperando só uma
liberação do Tribunal de Contas para fazer um trabalho que a gente chama de
microrrevestimento de recuperação asfáltica, que é uma proteção extra para o
asfalto, da mesma forma que foi feito no Eixão e na pista da Estrada Parque
Indústrias Gráficas (Epig). O DER está fazendo esse contrato e também vai nos
ajudar nessa recuperação das vias sob sua responsabilidade.
O investimento será
feito em todo o DF? Sim. É uma necessidade de muitos anos, que não foi
suprida. Nós chegamos e começamos o trabalho. Já recuperamos mais de 100
quilômetros de rodovias – isso sem contar as novas construções. Essa
recuperação significa tirar a massa velha e colocar a massa nova. Mas temos
ainda 600 quilômetros – lineares – que precisamos fazer. E quando se tem uma
necessidade desse tamanho a gente tem que ter um programa permanente de
recuperação de vias, que é o que o governador Ibaneis determinou. Ele liberou
R$ 140 milhões para a Novacap, R$ 75 milhões para o DER e mais R$ 47 milhões só
para o tapa-buraco. Ou seja, há dinheiro para o tapa-buraco e para a
recuperação total das vias.
Quando o sr. fala de
reconstrução da via, foi o que se fez na Epig? Na Epig nós fizemos uma
obra ainda melhor. Conseguimos reconstruí-la com a técnica correta para o fluxo
de veículos do local. Foi feito um corte profundo de 40 centímetros – o dobro
do que acontece numa via normal – por causa do trânsito pesado. Quem viu a obra
que está sendo feita no acesso ao aeroporto, na Estrada Parque Aeroporto
(Epar), sabe do que estou falando. Ali é possível ver a altura e a qualidade da
obra.
Como é a participação
do programa RENOVADF nessas obras? O RENOVADF é peça fundamental, uma
parceria extraordinária. Está chegando e atendendo com aquela mão de obra em
treinamento grande parte das demandas da comunidade – ou seja, ao mesmo tempo
em que estão aprendendo uma profissão, os trabalhadores estão colocando em
prática, já que é um curso feito in loco, para valer. Outro
programa que funciona bem é o Cidade Sempre Viva, da Novacap. O GDF Presente
atende as emergências e o Cidade Sempre Viva cuida das intervenções que
demandam mais tempo.
Se temos um lugar onde
[a obra] vai demorar aí dois, três meses para ficar pronta, quem faz esse
trabalho ao redor das feiras, dos equipamentos públicos, das praças é o Cidade
Sempre Viva. Então eu acho que o Governo está bem servido, o que se reflete
numa cidade bem cuidada. O problema que enfrentamos agora são as condições
climáticas, típicas do período chuvoso; mas ainda assim o trabalho não para.
Qual o caminho ideal
que o cidadão deve seguir para solicitar um reparo, uma intervenção ou qualquer
obra de melhoria nas cidades? O cidadão pode procurar a própria
administração regional presencialmente. Nós temos ouvidorias locais nas
administrações, temos a Ouvidoria Geral do Distrito Federal e teremos de volta,
em alguns dias, um canal, que é o e-Cidades, que ele também pode usar, baixando
o aplicativo para o seu telefone gratuitamente. Este app está temporariamente
fora do ar, em aprimoramento, para que a gente integre todas essas demandas e
atenda à população por meio dele. Estamos o tempo todo fazendo o filtro das
solicitações.
Até o final do
primeiro trimestre o governo se prepara para lançar um novo programa, que é a
Administração 24 horas. Como isso vai funcionar? A proposta do governador
Ibaneis é que as administrações atendam ao cidadão 24 horas por dia. Teremos as
oito horas de funcionamento presencial, mas no restante do dia será possível
acessar os serviços das administrações virtualmente, pela internet. Vamos
lançar esse programa em março e será uma revolução no Distrito Federal. O
aplicativo vai oferecer os serviços principais e o cidadão terá uma resposta
mais rápida e com menos burocracia para seus pleitos.
“Temos R$ 1,5 bilhão de investimentos já previstos
no orçamento, tudo isso com o objetivo de continuar nossas pequenas, médias e
grandes obras e gerar mais emprego e renda para a população”
O governo está
preparado para enfrentar mais um ano de pandemia e fazer com que ela não altere
a entrega das grandes obras em andamento nas cidades? Não tenho dúvida.
Sofremos muito com a pandemia, que vem atrasando uma série de obras e ações que
estavam programadas, porque o governo teve que desviar seu foco para as
urgências. Você veja que tudo na sociedade parou. Até campeonato de futebol.
Com tudo isso, no entanto, o GDF não parou. Na última semana eu fiz aqui uma
reunião com os 21 órgãos para a apresentação de nosso caderno de obras. Foi um
dia inteiro de reunião para definir as obras prioritárias, porque esse é um ano
de entregas que precisam ser feitas de maneira mais rápida. A pandemia não só
não vai nos fazer parar, como vamos acelerar.
Os compromissos que
foram feitos – obras grandes, como o Túnel de Taguatinga, a nova avenida Hélio
Prates, os viadutos do Recanto das Emas e da Epig, do Setor Policial; ou mesmo
as ações mais pontuais vão ser cumpridas. Quando começamos o governo, não havia
projetos, tivemos que desenvolver todos a partir do zero. Agora temos projetos
para muitos anos, para mudar a cara do DF, para melhorar a vida de todos. São
mais de 1.400 obras em andamento, mais de mil obras já entregues e temos projetos
para cerca de 600 obras, entre a fase de demanda e execução de projetos.
Vamos concentrar nosso
tempo para concluir as obras que estão em andamento, emitir novas ordens de
serviço para começar as que já estão licitadas e com recursos garantidos e
fazer a licitação daquelas que estão com projetos prontos. É assim que nós
estamos trabalhando em todas as áreas, desde a zeladoria até infraestrutura,
área social, mobilidade, saúde, segurança, enfim, em todo o governo. É como
dizemos sempre: o GDF não para.
Há dinheiro para tudo
isso? O governo está investindo e buscando novas fontes de financiamento,
usando todas as emendas parlamentares. É o primeiro governo que conseguiu
executar 100% das emendas colocadas. Além disso, o GDF recuperou a capacidade
de buscar empréstimos: estamos buscando mais R$ 1 bilhão de financiamento no
Banco do Brasil, mais R$ 1 bilhão no BNDES.
Temos R$ 1,5 bilhão de investimentos já previstos no orçamento, tudo isso com o objetivo de continuar nossas pequenas, médias e grandes obras e gerar mais emprego e renda para a população. Isso também estimula o comércio, o setor produtivo em geral, porque faz a economia girar, como podemos ver pela movimentação na construção civil, com tantas obras novas, abrindo vagas de trabalho, gerando renda. (Vídeo, entrevista completa ~~~~)