Mais de
20 escolas de samba, blocos e agremiações de carnaval do Distrito Federal
participam do Escola de Carnaval e serão acompanhados pelo carnavalesco Milton
Cunha, curador do projeto, durante seis meses. Com o aporte de R$ 1,5 milhão, a
proposta engloba todas as regiões administrativas (RAs).
Escola de
Carnaval é um “esquenta” para o desfile das escolas de samba em 2023. Devido à
interrupção dos desfiles em 2014, o projeto tem o viés de recompor essa
tradição. Dessa forma, os recursos vão servir para o pagamento de despesas e
capacitação de até 500 membros de cada comunidade. Além de financiar eventos
esporádicos, de produção dos agentes para vivenciarem suas composições,
reuniões e festejos fora de época.
Além de
Milton Cunha, a cerimônia da semana de abertura, realizada no Eixo Cultural
Ibero-americano (antigo Espaço Funarte), contou com a presença da chefe do EAI,
Renata Zuquim; do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu
Rodrigues, e de representações diplomáticas do Panamá, Costa Rica, Chile,
Equador, Nicarágua, Paraguai, Guatemala e El Salvador.
“O
reconhecimento de Brasília como Capital Ibero-americana das culturas 2022 está
em sinergia com o exercício de reconhecimento de nossas raízes e nos convida a
desfrutar da cultura ibero-americana, para viver e propagar os ritmos e cores
de nossa região e de vários povos”, disse Renata Zuquim na abertura da
cerimônia.
Bartolomeu
Rodrigues fez questão de ressaltar a importância do Carnaval de Brasília: “É
muito importante a presença dessas representações diplomáticas aqui, para que
conheçam esse pedaço da cultura de Brasília. O Carnaval faz parte de uma cadeia
produtiva, que chamamos de economia criativa, que não pode parar. Esse projeto
nasceu para dar horizonte, para mostrar que nós não nos deixamos nos abater com
tudo o que aconteceu; que o Carnaval, o samba e todas as representações
culturais precisam ser preservadas”.
O projeto
Escola de Carnaval – lançado no edital nº 27/2021 – tem duração de oito meses,
que podem ser prorrogados por igual período. Trata-se de um termo de
colaboração, portanto, de iniciativa do GDF, executado pela organização da
sociedade civil (OSC) Luta pela Vida.