“Conseguimos, em menos
de dois anos, dobrar o número de famílias acompanhadas, semanalmente, pelo
programa. São mães que, agora, contam com uma equipe para auxiliar nos cuidados
dos seus filhos, ensinar o mínimo para desenvolver a potencialidade dessas
crianças e orientar suas famílias. É uma rede integrada de atenção ao
desenvolvimento infantil, ações que impactam não somente as famílias, mas toda
a nossa comunidade” - Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento
Social
Já faz seis meses que
a autônoma Viviane da Silva Sousa, moradora de Samambaia, ampliou a rede de
apoio em torno do filho Bryan, de 2 anos, que tem autismo. Desde o cadastro no
CadÚnico, eles foram selecionados para participar do programa Criança Feliz Brasiliense,
que promove visitas a famílias vulneráveis do Distrito Federal, com o objetivo
de fortalecer os vínculos familiares e desenvolver as crianças atendidas. De
2019 até agora, o programa atingiu mais de 3,2 mil beneficiários.
“Sou mãe solo, não
tenho nenhuma ajuda. Então me cadastrei no Cadastro Único, coloquei o Bryan e,
logo após, me ligaram avisando que eu tinha sido selecionada e perguntando se
eu tinha interesse no programa. Falei que sim e começaram as visitas”, conta
Viviane.
A partir daí, semanalmente,
os dois passaram a receber Sissi Daniel, uma das visitadoras do programa
Criança Feliz Brasiliense, que faz atividades de desenvolvimento motor,
cognitivo e sensorial com o pequeno, com duração de 30 a 45 minutos. “Já vejo a
evolução dele. Antes, ele pegava os brinquedos e não se importava. No primeiro
momento, ele também ficou apreensivo e gritava. Mas hoje ele já se solta e se
sente mais à vontade”, completa a mãe.
O garoto Arthur faz as atividades de desenvolvimento motor, cognitivo e sensorial orientado pela visitadora Sissi Daniel
“Tem sido muito bom.
Ele já fica esperando a tia Sissi. Ele gosta muito de participar das atividades
e tem se desenvolvido bastante” - Viviane da Silva Sousa, mãe Bryan, de 2 anos
Empolgada com o
impacto do programa, Sissi sugeriu à Viviane que incluísse o sobrinho Arthur, também
de 2 anos, no Criança Feliz Brasiliense. A mãe do menino, a confeiteira Tatiane
da Silva Cariolano, então, fez o registro de interesse em participar do
programa no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e passou a ser
atendida também. “Tem sido muito bom. Ele já fica esperando a tia Sissi. Ele
gosta muito de participar das atividades e tem se desenvolvido bastante”,
afirma a mãe. A visita também é importante para Tatiane, que reproduz as
atividades também com o filho.
Abordagem intersetorial: O
programa Criança Feliz Brasiliense vive uma ótima fase. Em 2022, a iniciativa
pulou de 1,6 mil beneficiários para mais de 3,2 mil. O objetivo agora é ampliar
e alcançar as famílias que aguardam na fila de espera.
“Conseguimos, em menos
de dois anos, dobrar o número de famílias acompanhadas, semanalmente, pelo
programa. São mães que, agora, contam com uma equipe para auxiliar nos cuidados
dos seus filhos, ensinar o mínimo para desenvolver a potencialidade dessas
crianças e orientar suas famílias. É uma rede integrada de atenção ao
desenvolvimento infantil, ações que impactam não somente as famílias, mas toda
a nossa comunidade”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara
Noronha Rocha.
A confeiteira Tatiane
Cariolano registrou no Cras o interesse em participar do programa e logo
começou a ter atendimento para o filho
O objetivo da ação é
articular e apoiar políticas públicas voltadas à promoção do desenvolvimento
integral da primeira infância no Distrito Federal, adotando uma abordagem
intersetorial que garanta a integralidade do atendimento, cuidado, educação e
assistência às crianças e às suas famílias e comunidades.
“Cuidar da primeira
infância é prevenir várias outras situações na vida jovem e adulta que demandam
de ações do poder público. Assim conscientizamos a família e a rede de apoio,
desenvolvendo aptidões, acompanhando diagnósticos precoces e combatendo
problemas futuros”, define a secretária-executiva do Comitê Gestor do Programa
Criança Feliz Brasiliense, Ana Caroliny de Oliveira Sousa.
A coordenação do
programa é feita pelo Comitê Gestor do Programa Criança Feliz Brasiliense,
composto por integrantes das secretarias da Casa Civil, Desenvolvimento Social,
Saúde, Educação, Justiça e Cidadania, Mulher e Esporte e Lazer.
Mais ações: Além
das visitas, o programa tem outras ações. Entre elas, a campanha Vem Brincar
Comigo, que arrecada brinquedos e livros infantis nos órgãos públicos do DF
para distribuir para crianças em situação de vulnerabilidade. Só no ano passado
foram mais de 40 mil itens arrecadados.
Também há uma parceria
com os centros olímpicos e paralímpicos (COPs), que garante vagas aos
beneficiários do Criança Feliz Brasiliense. Crianças de 4 a 6 anos têm 15% das
vagas reservadas em turmas de desenvolvimento motor I, enquanto os avós
responsáveis diretamente por esses menores têm 5% das vagas nos grupos de
hidroginástica. Crianças com deficiência têm prioridade de vaga sobre as demais
crianças do grupo motor I.
Galeria de Fotos: - ( https://bit.ly/3InrTeA )