Para as cidades fora do Plano, o aniversário de
Brasília é o aniversário do Plano Piloto. Cada cidade-satélite ou cada RA, como
queiram, tem sua própria festa que marca o dia em que foi criada. E costuma ser
a data festiva mais importante do ano. Desde Planaltina, com seus 162 anos até
Arniqueira com apenas 2 aninhos (embora exista há décadas como colônia
agrícola, depois bairro de Águas Claras e, antes disso, de Taguatinga).
Ao contrário do que o senso comum do Plano Piloto imagina, o avião não é o epicentro do Distrito Federal. Cada cidade tem vida e personalidade próprias, com sua história, seus personagens, suas lendas urbanas, seu roteiro cultural e afetivo. Patrimônio da humanidade, o Plano Piloto é uma miragem para as cidades mais periféricas. E também não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira. Para que ela existisse, surgiram sete cidades, mais as duas que existiam antes de Juscelino inventar de construir a nova capital.
Quando Brasília foi inaugurada já existiam: Planaltina, Brazlândia, Fercal, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Taguatinga, São Sebastião e Cruzeiro. Porque era preciso abrigar os homens e as mulheres que ergueriam a nova capital e eles tinham de ter onde morar.
O 21 de abril é, portanto, uma data simbólica que esconde outras dadas não menos simbólicas, as datas que marcam a chegada dos bravos candangos e das bravas candangas e sua força de trabalho e desejo de viver e prosperar.
Em nenhuma das outras 26 capitais brasileiras é assim: um quebra-cabeça feito de 33 peças, cada uma delas girando em torno de si mesma. Para a maioria delas, especialmente as mais periféricas, o Plano Piloto é uma miragem, uma injusta miragem que concentra uma das maiores rendas per capita do país e segregou, com uma muralha invisível e perversa, mais de 80% da população do DF.
Sendo assim, o aniversário de Brasília é o aniversário de uma ideia, de um grandioso feito brasileiro, dos quais o Brasil ainda não conseguiu se dar conta, mas é também o aniversário de uma utopia fracassada. Embora, é importante dizer, as cidades-satélites não sejam aquilo que o Plano Piloto imagina: uma enorme, caótica e violenta favela. As RAs fervem, cada uma do seu jeito, com suas ruas comerciais extensas e movimentadas, suas noites de jantinha e cerveja, suas festas religiosas, seus rolês de fim de semana, suas tradições, algumas delas centenárias (as de Planaltina e da Fercal).
A invenção de Lucio faz aniversário em 21 de abril. Mas a Brasília que atraiu e segue atraindo brasileiros dos quatro cantos tem outras 32 datas festivas, quais sejam. Em algumas cidades, são consideradas as datas de criação da Região Administrativa, em outras a data simbólica do surgimento da cidade. É o caso do Lago Norte que começou a ser ocupado no começo dos anos 1960, mas só virou RA em 1994. O critério de escolha da data de aniversário é meio confuso em alguns casos, dadas as mudanças na administração de cada cidade e o desinteresse de alguns administradores com a preservação da história.
Para as cidades fora do Plano, o aniversário de Brasília é o aniversário do Plano Piloto. Cada cidade-satélite ou cada RA, como queiram, tem sua própria festa que marca o dia em que foi criada. E costuma ser a data festiva mais importante do ano. Desde Planaltina, com seus 162 anos até Arniqueira com apenas 2 aninhos (embora exista há décadas como colônia agrícola, depois bairro de Águas Claras e, antes disso, de Taguatinga).
Ao contrário do que o senso comum do Plano Piloto imagina, o avião não é o epicentro do Distrito Federal. Cada cidade tem vida e personalidade próprias, com sua história, seus personagens, suas lendas urbanas, seu roteiro cultural e afetivo. Patrimônio da humanidade, o Plano Piloto é uma miragem para as cidades mais periféricas. E também não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira. Para que ela existisse, surgiram sete cidades, mais as duas que existiam antes de Juscelino inventar de construir a nova capital.
Quando Brasília foi inaugurada já existiam: Planaltina, Brazlândia, Fercal, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Taguatinga, São Sebastião e Cruzeiro. Porque era preciso abrigar os homens e as mulheres que ergueriam a nova capital e eles tinham de ter onde morar.
O 21 de abril é, portanto, uma data simbólica que esconde outras dadas não menos simbólicas, as datas que marcam a chegada dos bravos candangos e das bravas candangas e sua força de trabalho e desejo de viver e prosperar.
Em nenhuma das outras 26 capitais brasileiras é assim: um quebra-cabeça feito de 33 peças, cada uma delas girando em torno de si mesma. Para a maioria delas, especialmente as mais periféricas, o Plano Piloto é uma miragem, uma injusta miragem que concentra uma das maiores rendas per capita do país e segregou, com uma muralha invisível e perversa, mais de 80% da população do DF.
Sendo assim, o aniversário de Brasília é o aniversário de uma ideia, de um grandioso feito brasileiro, dos quais o Brasil ainda não conseguiu se dar conta, mas é também o aniversário de uma utopia fracassada. Embora, é importante dizer, as cidades-satélites não sejam aquilo que o Plano Piloto imagina: uma enorme, caótica e violenta favela. As RAs fervem, cada uma do seu jeito, com suas ruas comerciais extensas e movimentadas, suas noites de jantinha e cerveja, suas festas religiosas, seus rolês de fim de semana, suas tradições, algumas delas centenárias (as de Planaltina e da Fercal).
A invenção de Lucio faz aniversário em 21 de abril. Mas a Brasília que atraiu e segue atraindo brasileiros dos quatro cantos tem outras 32 datas festivas, quais sejam. Em algumas cidades, são consideradas as datas de criação da Região Administrativa, em outras a data simbólica do surgimento da cidade. É o caso do Lago Norte que começou a ser ocupado no começo dos anos 1960, mas só virou RA em 1994. O critério de escolha da data de aniversário é meio confuso em alguns casos, dadas as mudanças na administração de cada cidade e o desinteresse de alguns administradores com a preservação da história.
Os 33 aniversários, da mais velha para a mais nova: Planaltina …. 19/08/1859 - Brazlândia …. 05/06/1933 - Fercal … 11/09/1956 (RA — 29/01/2012) - Candangolândia … 03/11/1956 - Núcleo Bandeirante …. 19/12/1956 - Paranoá …. 25/10/1957 - Taguatinga …. 05/06/1958 - Cruzeiro … 30/11/1959 - Plano Piloto …. 21/04/1960 - Sobradinho I …. 13/05/1960 - Lago Sul … 30/08/1960 - Gama …. 12/10/1960 - Park Way …. 13/03/1961 - Guará …. 05/05/1969 - Ceilândia … 27/03/1971 - Sobradinho II …. 11/10/1989 - Samambaia … 25/10/1989 - Riacho Fundo I … 13/03/1990 - Santa Maria … 10/02/1993 - São Sebastião … 25/06/1993 - Recanto das Emas … 28/07/1993 - Lago Norte … 10/01/1994 - Riacho Fundo II … 06/05/1995 - Águas Claras … 06/05/2003 - Sudoeste/Octogonal … 06/05/2003 - Varjão … 06/05/2003 - Jardim Botânico … 1º/09/2004 - Scia/Estrutural … 27/01/2005 - Itapoã … 03/01/2005 - SIA … 14/07/2005 - Vicente Pires … 26/05/2009 - Sol Nascente/Pôr do Sol … 14/08/2019 - Arniqueira … 1º/10/2019.
Considerar Lago sul e Lago norte como "cidades" não faz o menor sentido.
ResponderExcluirEu amo Brasília!!!!
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