Em 30 de agosto de
1883, Dom Bosco profetizou o surgimento de uma terra prometida exatamente onde
Brasília foi construída anos depois, entre os paralelos 15 e 20. O sonho do
sacerdote foi a primeira indicação de que a capital se tornaria uma cidade de
fé ecumênica.
A
diversidade religiosa candanga é reflexo das diferentes culturas que foram
reunidas desde antes da inauguração no quadradinho. “Brasília foi criada para
ser uma cidade acolhedora, representando os diversos brasileiros. Cada um
trouxe aquilo que tinha, como a sua fé. Brasília soube acolher de forma
harmônica as diferentes religiões, que convivem de forma pacífica”, avalia o
padre Roger Araújo, responsável pelo Setor de Comunicação da Arquidiocese de
Brasília.
“Brasília soube
acolher de forma harmônica as diferentes religiões, que convivem de forma
pacífica” – Padre Roger Araújo
“A
primeira iniciativa de JK antes de Brasília nascer foi fazer a primeira missa.
A Igreja sempre caminhou juntamente com a cidade. No dia da inauguração, o Papa
mandou uma radiomensagem a seu representante e também nomeou o primeiro
arcebispo, Dom José Newton”, lembra o padre.
Crescendo
junto a Brasília, já são 154 paróquias espalhadas pelo DF, tendo a Catedral
Metropolitana de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, como a principal. “A
Catedral é como se fosse o primeiro ministério da Esplanada, não relacionado ao
serviço do governo, mas porque tudo que se realiza tem que se colocar Deus em
primeiro lugar. Ela está ali como esse símbolo”, defende o religioso.
“A gente entende a diversidade
como uma família, em que cada filho tem uma personalidade”, afirma o pastor
Ricardo Espindola
A IBCB nasceu sete anos após a
inauguração da cidade, com uma congregação pequena no Núcleo Bandeirante criada
pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Antônio Vilas Boas.
Depois foi transferida para a 603 Sul, comandada pelo pastor Vilarindo Lima. De
um barracão com 17 pessoas, hoje a igreja abriga cinco mil fiéis conduzidos
pelo neto de Vilarindo, o pastor Ricardo Espindola.
A criação do Templo
Shin Budista Terra Pura, na 315/316 Sul, foi solicitada pela comunidade budista
nipo-brasileira a Juscelino Kubitschek, em 1958
“Brasília tem um conjunto de
igrejas independentes. Muitas vezes essas igrejas conseguem ter um braço que
alcança a comunidade num local muito pequeno. A gente entende a diversidade
como uma família, em que cada filho tem uma personalidade. Assim somos nós; há
quem se identifica com o mover carismático ou mais tradicional”, afirma o
pastor Ricardo Espindola.
“Nosso templo é conhecido como um
espaço de paz que abraça a diversidade de crenças e também de quem não tem
religião, mas acredita no bem. O templo está em sintonia com essa atmosfera
mística e universal da capital”, analisa a ministra do Templo da Boa Vontade,
Marina Kriger.
O local celebra o amor, a caridade
e a solidariedade, por meio de preces ecumênicas, meditação e atividades
desenvolvidas em áreas específicas, como a nave da caminhada, em que o
visitante percorre um trecho para purificação embaixo do Cristal Sagrado
– a maior pedra de cristal puro do mundo, com aproximadamente 21 kg. O
templo é considerado o monumento mais visitado de Brasília, segundo a
Secretaria de Turismo.
Segundo a Secretaria
de Turismo, o Templo da Boa Vontade é o monumento mais visitado em Brasília
A pasta, inclusive, celebra a
espiritualidade de Brasília por meio da Rota da Paz, um circuito que apresenta
a “Capital da Esperança” com 12 pontos turísticos representativos do tema que
celebram diferentes crenças.
O budismo também é uma das religiões que marcam presença na capital, pelo famoso Templo Shin Budista Terra Pura, na 315/316 Sul, que teve a sua criação solicitada diretamente a Juscelino Kubitschek em 1958 pela comunidade budista nipo-brasileira. Cinco anos após o pedido, a Novacap permitiu a construção do prédio. A pedra fundamental foi lançada em 1964, enquanto a inauguração ocorreu em 1973. A Rota da Paz destaca locais como o Vale do Amanhecer, em Planaltina
O budismo também é uma das
religiões que marcam presença na capital, pelo famoso Templo Shin Budista Terra
Pura, na 315/316 Sul, que teve a sua criação solicitada diretamente a Juscelino
Kubitschek em 1958 pela comunidade budista nipo-brasileira. Cinco anos após o
pedido, a Novacap permitiu a construção do prédio. A pedra fundamental foi
lançada em 1964, enquanto a inauguração ocorreu em 1973.
Também é possível encontrar na
capital federal representantes do islamismo, da umbanda, do candomblé, do
espiritismo e de tantas outras formas de fé. A Rota da Paz destaca locais como
o Vale do Amanhecer, em Planaltina, fundado em 1969 e que tem como principal
característica o sincretismo religioso na Doutrina do Amanhecer; a Mesquita do
Centro Islâmico, construída em 1990 na 912 Norte, e a Praça dos Orixás, no
Setor de Clubes Sul, que desde 2018 é considerada patrimônio imaterial do DF
celebrando as práticas religiosas de matriz africana.
Conheça todos os pontos religiosos
da Rota da Paz no~~~ tour virtual da Setur.