Há 65 anos, cerca de
15 mil pessoas se reuniam para a primeira missa realizada em Brasília. Era 3 de
maio de 1957. "Ontem, apenas uma esperança; e, hoje, entre todas, a
mais nova das filhas do Brasil", dizia um dos trechos do discurso do então
presidente da República, Juscelino Kubitschek.
Na ocasião, ainda
não havia igrejas para celebração da cerimônia. Por isso, foi escolhido o ponto
mais alto do Planalto Central, a 1.172 metros de altitude. Atualmente, no
local, fica a Praça do Cruzeiro, atrás do Memorial JK.
Pouco antes da
cerimônia, o presidente Kubitschek tinha ido ao aeroporto da futura cidade —
ainda não finalizado — para receber as autoridades convidadas; entre elas, o
então arcebispo de São Paulo, cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, que
presidiria a solenidade.
No local
da missa, cruz de madeira, bancos para os convidados e altar marcaram o
cenário. A celebração religiosa contou, ainda, com uma réplica da imagem de
Nossa Senhora Aparecida, que peregrinou por todas as capitais do país antes de
desembarcar em Brasília como madrinha da cidade.
A missa reuniu, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), cerca de 15 mil pessoas. Mais de 20 aviões militares, comerciais e particulares aterrissaram em Brasília, com numerosos grupos de convidados, que saíram do Rio de Janeiro, de São Paulo e de outras partes do país.
Após a cerimônia, os visitantes voltaram para as cidades de
origem. A cruz de madeira da solenidade que marcou o batismo da capital
federal continua em exposição, na Catedral Metropolitana de Brasília Nossa
Senhora Aparecida. Enquanto isso, a Praça do Cruzeiro se tornou ponto de
referência e lazer para quem gosta de admirar o belo pôr do sol
brasiliense.