Você tem feito
campanha ao lado da deputada Flávia Arruda e do ex-governador José Roberto Arruda.
Acredita que Arruda quer concorrer ao governo do DF? Olha, eu já ouvi como
alternativa muito mais plausível para ele se candidatar a deputado federal. E
tem gente que aposta que ele não faz menos do que 500 mil votos para federal, o
que seria ótimo para o partido.
E Flávia Arruda? Vai
concorrer ao senado ao lado de Ibaneis? O Correio publicou
recentemente uma pesquisa em que ela é disparado a primeira colocada na opinião
dos eleitores para conquistar essa vaga para o Senado. Sendo assim, não tem como
o rio não correr para o mar: Flávia vem pro senado ao lado do governador
Ibaneis.
Como fica a sua
posição se Arruda ou Flávia Arruda decidir concorrer ao governo contra Ibaneis,
com quem você tem ligação política: Compus este governo como secretária de
Justiça e Cidadania e apoio integralmente o governador Ibaneis como candidato à
reeleição. Mas posso te adiantar que estaremos todos juntos em outubro.
Você está num partido,
o PL, com nomes fortes na disputa à Câmara, como Fraga e Bia Kicis. Acredita
que poderá ter mais votos que eles? Ambos são experientes e os respeito. Eu
corro por fora, sou novata, levanto bandeiras importantes, como o fim do saidão
de criminosos condenados, por exemplo. Eu sou uma política muito diferente.
Vamos ver como o eleitorado vai se manifestar a respeito.
Você é arquiteta e
advogada. Como surgiu interesse em entrar para a política? Estava a frente
do escritório de advocacia de que sou sócia quando o governador Ibaneis me
convidou pra assumir a Secretaria de Justiça. Muita gente veio tentar me
dissuadir: não entra que é fria, diziam. Nunca uma mulher tinha ocupado esse
cargo, que lida com reeducação de criminosos condenados, pessoas vítimas de
violência, viciados em drogas. Eu sou meio teimosa. Então pensei: agora é que
eu vou mesmo. Assumi, lutei contra a burocracia da máquina pública, contra o
machismo estrutural, consegui multiplicar o atendimento da secretaria e me veio
uma espécie de revelação. Pensei: a política é o meio para ajudar as pessoas,
cuidar das pessoas, principalmente as mais humildes. Foi assim que virei
candidata. Quer dizer, pré-candidata.
O que você pretende
priorizar no mandato se for eleita deputada federal? Bom, se a Câmara não
votar e aprovar agora o projeto que acaba com o saidão de presos, essa será uma
prioridade do meu mandato. Além disso, sempre trabalhei o social com o olhar da
geração de oportunidade durante minha gestão na secretaria, portanto, discutir
a criação de uma renda básica para o brasileiro, dentro de critérios que
priorizem qualificação e emprego é, sem dúvida, a materialização dessa
bandeira.
Estar no partido do
presidente Bolsonaro ajuda? Você vai pedir voto para ele? Vou pedir voto
pra ele, claro. Ele é do meu partido e eu o apoio.
Qual é a sua
marca? Minha marca é a autenticidade. Gosto de falar olho no olho. Não
consigo esconder o que penso e simplesmente detesto ver as coisas paradas, sem
evoluir. Tenho sido assim por toda a minha vida e levo comigo uma espécie de
bordão: a vida não pode ser em vão, tem que valer a pena.