As muitas belezas e atrações do Jardim Botânico nas férias de julho.
Área de preservação ambiental com 500 hectares de visitação é opção barata de
lazer para crianças e adultos em contato direto com a natureza e com o bioma do
Cerrado
Era pouco mais de 10h30 de sexta-feira (15) e o estacionamento do Jardim
Botânico de Brasília mal comportava a chegada de novos carros. A sensação era
de superlotação, mas a pluralidade de atrações na reserva ambiental em seus 5
mil hectares de área verde, sendo 500 hectares de visitação, permitia diversão
a dezenas de crianças e adultos sem tumultos nem aglomerações.
O Jardim Botânico de Brasília possui quatro jardins temáticos e trilhas
com diferentes níveis de dificuldade
Essa,
inclusive, é uma das vantagens de quem está com filhos em férias escolares e
busca uma opção divertida e barata para se divertir neste mês de julho: o
número de atrações ao ar livre e o contato direto com o bioma Cerrado. São seis
trilhas com níveis de dificuldades diferentes – sendo uma delas com rota
de acessibilidade –, área de piquenique, parquinho infantil, duas bibliotecas e
um centro de excelência com mirante e vista do Cerrado.
O Jardim
Botânico de Brasília tem quatro jardins temáticos: o Evolutivo, o Japonês, o de
Cheiros e o de Contemplação. Há ainda um orquidário, uma unidade demonstrativa
de permacultura – que funciona como uma espécie de vitrine para práticas
sustentáveis –, uma coleção entomológica no Espaço Ciência com insetos variados
e animais empalhados como cobras e papagaio. Além disso, na Alameda dos Estados
das Nações, países parceiros criaram outros jardins com temas, ampliando o
número de atrativos.
O local conta com dois restaurantes, sendo possível até fazer piquenique
em um deles, caso você não tenha levado seu próprio material
“O que
torna único o Jardim Botânico de Brasília do restante do país é que por aqui os
visitantes têm acesso a amostras de toda vegetação nativa, por meio das
trilhas, sensibilizando-o do bioma que ele está inserido”, observa o biólogo e
educador ambiental Lucas Miranda. É ele, inclusive, o responsável pelas visitas
guiadas a grupos de escolas, que ocorrem de terça a sexta-feira.
Por lá há
dois restaurantes, sendo possível até fazer piquenique em um deles, caso você
não tenha levado seu próprio aparato. A estrutura com toalha no chão e mesa
baixa custa R$ 10 e há kits com produtos variados que podem ser compartilhados
ao preço médio de R$ 80. Quiosques que vendem produtos naturais e uma lojinha
de artesanato e souvenires atendem os interessados em compras.
O biólogo e educador ambiental Lucas Miranda é o responsável pelas
visitas guiadas a grupos de escolas, que ocorrem de terça a sexta-feira
O
que pode e não pode: Como toda área de preservação ambiental, há o que pode e,
principalmente, o que não pode ser feito por lá. Levar animais de estimação,
nem pensar. Bicicletas e brinquedos não motorizados são permitidos e comemorar
pequenos eventos, como aniversários, também. Balões de qualquer espécie e
tamanho são vetados, assim como ornamentos, pois podem ter restos consumidos
pelas aves, causando danos à fauna. Bebidas alcoólicas não são permitidas.
“É preciso que comecemos a educar desde cedo nossos filhos para a importância
da preservação do meio ambiente”, diz Paulo Afonso de Araújo
E se há
coisas que não podem ser levadas pra lá, há outras tantas que não podem ser
levadas de lá. Galhos, mudas e plantas não podem ser retiradas da unidade de
reserva, o que implicaria crime ambiental. Também é proibido o acesso às
estações ecológicas por onde há 26 nascentes.
Com a
câmera do celular a postos, o aposentado Paulo Afonso de Araújo, 70 anos, tira
fotos dos três netos de 9, 10 e 11 anos que ele levou “de babá” ao Jardim
Botânico. Morador de Fortaleza (CE), ele veio visitar o filho e decidiu levar
os meninos ao espaço que ele ainda não conhecia. “Estou achando maravilhoso. É
preciso que comecemos a educar desde cedo nossos filhos para a importância da
preservação do meio ambiente”, diz.
“Aqui é muito grande e a cada visita é a descoberta de um espaço novo”,
comenta Aline Ribeiro
Moradora da Asa Norte, a servidora pública Aline Ribeiro, 43 anos, fez o
mesmo com os dois filhos pequenos e com os amiguinhos da escola e suas mães. A
prática, ela garante, vem se repetindo nas férias, sempre com novidades. “Aqui
é muito grande e a cada visita é a descoberta de um espaço novo. Agora mesmo os
meninos estão em busca de um lobo empalhado”, conta.
A entrada para o Jardim Botânico de Brasília custa R$ 5 e só pode ser
paga em dinheiro. Menores de 12 anos, pessoas com deficiência e adultos acima
dos 60 estão liberados do pagamento. Para quem vai de transporte público ao
parque, há diversas linhas de ônibus (confira aqui) saindo
de vários pontos do Distrito Federal que param na porta. O funcionamento é de
terça a domingo, das 9h às 17h, sendo permitida a entrada até as 16h30.
Galeria de Fotos: - ( https://bit.ly/3PDE4Id )
Agência Brasília – Fotos: Tony Oliveira – Governo do Distrito
Federal
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ÁGUA E MEIO AMBIENTE