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Lago, trilha, cachoeira e pôr do sol compõem Brasília, a cidade parque

Lago, trilha, cachoeira e pôr do sol compõem Brasília, a cidade parque. GDF monta roteiro para turistas e, principalmente, para moradores que ainda exploram pouco a capital


Se você quer um parque arborizado para caminhar, correr ou pedalar, tem. Se a proposta é desbravar uma trilha no coração do cerrado e ser contemplado com um “tchibum” na cachoeira, opções não vão faltar. Tem até pôr do sol dourado e anoitecer multicolorido com vista privilegiada do Lago Paranoá ou do Eixo Monumental que corta a cidade.( Passear sob o céu da cidade é uma das atrações disponíveis)

Para o turista que chega ao Distrito Federal e para o morador que deseja explorar mais os cantos do quadradinho, a Secretaria de Turismo (Setur) preparou a >>> Rota do Cerrado, um miniguia bilíngue com a seleção de 12 pontos turísticos que vão conectá-lo com a natureza – sem que, para isso, seja preciso se afastar muito do centro urbano de Brasília.


Há o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral; a Floresta Nacional (Flona), em Taguatinga; o Jardim Botânico, ideal para piqueniques e uma imersão na fauna e flora do cerrado; a cachoeira com trilha no Salto do Tororó; os parques da Cidade, na Asa Sul, e o Olhos d’Água, na Asa Norte; o clima de clube à beira lago no Parque das Garças, na península do Lago Norte; o Brasília Rural, do Viva Lago Oeste, da Torre de TV Digital e, logo ali em Goiás, a 2h30 do centro de Brasília, a Chapada dos Veadeiros.


O secretário-executivo de Turismo, Gustavo Assis, ressalta que a diversificação da oferta de passeios ecológicos gera entretenimento para quem passeia e emprego e renda para quem trabalha em torno desses empreendimentos. Segundo ele, a Rota do Cerrado indica alguns pontos e induz a outros tantos que merecem ser mais bem explorados.


“Brasília sempre se promoveu como a capital do turismo arquitetônico e administrativo, mas temos uma cidade viva, com vasta natureza a ser aproveitada – isso tem feito, inclusive, com que o brasiliense a entenda como local de apropriação”, afirma o gestor. (Vídeo ~~~)

Com protetor solar na pele, garrafa d’água na mochila e disposição para essa conexão com a natureza, é a hora de se aventurar. A dica é consultar o horário de funcionamento dos locais visitados e pesquisar os meios de transporte mais acessíveis até o destino escolhido. E as opções são variadas.


Inocência Moreira com o marido, Francisco Mota: “Tudo serve como fator de agregação para os moradores de Brasília”

No meio do Plano Piloto, na Asa Sul, está o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, um dos maiores parques urbanos do mundo – e o maior da América Latina. São 420 hectares – o que corresponde a 4,2 milhões de m² – com infraestrutura de quadras poliesportivas, de tênis, de areia, além de pistas de corrida e ciclovias com percursos de 4 km, 6 km e 10 km. O espaço multiúso e democrático tem ainda uma academia a céu aberto, parque infantil, banheiros e áreas de churrasqueira, sendo o mais procurado da capital para a prática de esporte e lazer sem que, para isso, seja preciso desembolsar um centavo sequer.


Fora do Plano Piloto, na QL 12 do Lago Sul, está o Parque Asa Delta. Com um morro artificial construído na década de 1980, o local é utilizado para o aprendizado e a prática de voo livre, o que deu origem ao seu nome. Moradores da região costumam ir lá para passeios de bicicleta ou caminhadas, como o casal de advogados Inocência, 71 anos, e Francisco Mota, 80. “A poesia da água, o verde das árvores ou da grama fora da seca compõem com o céu azul e as sombras”, diz Inocência. “Tudo serve como fator de agregação para os moradores de Brasília”.


Cachoeira a 25 minutos do Plano Piloto: Brasília tá longe do mar, mas bem pertinho da água doce. Tanto no Lago Paranoá quanto nas piscinas naturais do Parque Nacional ou nas inúmeras cachoeiras espalhadas pelas regiões administrativas, a diversão refrescante, principalmente nos dias quentes da seca, é certa. Em algumas, a trilha exige certa atenção e cuidado, como o Salto do Tororó, entre São Sebastião e Santa Maria. A queda d’água e a água corrente compensam os cerca de 2 km de trilha íngreme – descida na chegada e subida na saída.


Por lá só se chega de carro e paga-se R$ 10 para estacionamento de veículos pequenos, R$ 15 de van e R$ 5 de moto. Vá preparado com roupas leves e tênis, um lanchinho fácil de comer e sunga, maiô ou biquíni para sentir a queda d’água que tem por lá. Em função da irregularidade do terreno e pedras no caminho, o percurso não é recomendado para pessoas com mobilidade comprometida


Além de cachoeiras, é possível se refrescar em diversos pontos do Lago Paranoá em dias quentes. Independentemente do clima, pontos da orla, como ao lado da Ponte JK, são usados por atletas amadores e profissionais em dias de treino, faça chuva ou faça sol. SUP, wakesurf, canoagem, remo ou mesmo natação são alguns dos mais praticados.


Pôr do sol com e sem lago: Os pores do sol têm destaque no roteiro de Brasília. Para finalizar bem o dia, há pontos estratégicos e com infraestrutura para receber visitantes – alguns não estão oficialmente incluídos na Rota do Cerrado mas são igualmente recomendados para passeios ao ar livre. No gramadão da Praça do Cruzeiro, no meio do Eixo Monumental, a vista do sol se pondo atrai cada vez mais pessoas, muitas delas que fazem do ponto uma parada no caminho para casa.


Já a Ermida Dom Bosco, no parque ecológico de mesmo nome, no Lago Sul, é um dos pontos mais procurados para quem gosta de contemplar o entardecer com o pé na água – função que o Parque das Garças, no Lago Norte, também cumpre com maestria. O espaço, agora com guarita, banheiro e bebedouro, reúne famílias e é aberto a passeios com cachorros, desde que esses estejam presos na guia.


Agência Brasília – Fotos: Tony Oliveira - Secretaria de Turismo (Setur) – Governo do Distrito Federal




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