Se você quer um parque arborizado para caminhar, correr ou pedalar, tem.
Se a proposta é desbravar uma trilha no coração do cerrado e ser contemplado
com um “tchibum” na cachoeira, opções não vão faltar. Tem até pôr do sol
dourado e anoitecer multicolorido com vista privilegiada do Lago Paranoá ou do
Eixo Monumental que corta a cidade.( Passear sob o céu da cidade é uma das
atrações disponíveis)
Há o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral; a
Floresta Nacional (Flona), em Taguatinga; o Jardim Botânico, ideal para
piqueniques e uma imersão na fauna e flora do cerrado; a cachoeira com trilha
no Salto do Tororó; os parques da Cidade, na Asa Sul, e o Olhos d’Água, na Asa
Norte; o clima de clube à beira lago no Parque das Garças, na península do Lago
Norte; o Brasília Rural, do Viva Lago Oeste, da Torre de TV Digital e, logo ali
em Goiás, a 2h30 do centro de Brasília, a Chapada dos Veadeiros.
O secretário-executivo de Turismo, Gustavo Assis, ressalta que a
diversificação da oferta de passeios ecológicos gera entretenimento para quem
passeia e emprego e renda para quem trabalha em torno desses empreendimentos.
Segundo ele, a Rota do Cerrado indica alguns pontos e induz a outros tantos que
merecem ser mais bem explorados.
“Brasília sempre se promoveu como a capital do turismo arquitetônico e
administrativo, mas temos uma cidade viva, com vasta natureza a ser aproveitada
– isso tem feito, inclusive, com que o brasiliense a entenda como local de
apropriação”, afirma o gestor. (Vídeo ~~~)
Inocência Moreira com o marido, Francisco Mota: “Tudo serve como fator
de agregação para os moradores de Brasília”
Fora do Plano Piloto, na QL 12 do Lago Sul, está o Parque Asa Delta. Com
um morro artificial construído na década de 1980, o local é utilizado para o
aprendizado e a prática de voo livre, o que deu origem ao seu nome. Moradores
da região costumam ir lá para passeios de bicicleta ou caminhadas, como o casal
de advogados Inocência, 71 anos, e Francisco Mota, 80. “A poesia da água, o
verde das árvores ou da grama fora da seca compõem com o céu azul e as
sombras”, diz Inocência. “Tudo serve como fator de agregação para os moradores
de Brasília”.
Cachoeira
a 25 minutos do Plano Piloto: Brasília tá longe do mar, mas bem pertinho da água doce. Tanto no Lago
Paranoá quanto nas piscinas naturais do Parque Nacional ou nas inúmeras
cachoeiras espalhadas pelas regiões administrativas, a diversão refrescante,
principalmente nos dias quentes da seca, é certa. Em algumas, a trilha exige
certa atenção e cuidado, como o Salto do Tororó, entre São Sebastião e Santa
Maria. A queda d’água e a água corrente compensam os cerca de 2 km de trilha
íngreme – descida na chegada e subida na saída.
Por lá só se chega de carro e paga-se R$ 10 para estacionamento de
veículos pequenos, R$ 15 de van e R$ 5 de moto. Vá preparado com roupas leves e
tênis, um lanchinho fácil de comer e sunga, maiô ou biquíni para sentir a queda
d’água que tem por lá. Em função da irregularidade do terreno e pedras no
caminho, o percurso não é recomendado para pessoas com mobilidade comprometida
Além de cachoeiras, é possível se refrescar em diversos pontos do Lago
Paranoá em dias quentes. Independentemente do clima, pontos da orla, como ao
lado da Ponte JK, são usados por atletas amadores e profissionais em dias de
treino, faça chuva ou faça sol. SUP, wakesurf, canoagem, remo ou mesmo natação
são alguns dos mais praticados.
Pôr
do sol com e sem lago: Os pores do sol têm destaque no roteiro de Brasília. Para finalizar bem
o dia, há pontos estratégicos e com infraestrutura para receber visitantes –
alguns não estão oficialmente incluídos na Rota do Cerrado mas são igualmente
recomendados para passeios ao ar livre. No gramadão da Praça do Cruzeiro, no
meio do Eixo Monumental, a vista do sol se pondo atrai cada vez mais pessoas,
muitas delas que fazem do ponto uma parada no caminho para casa.
Já a Ermida Dom Bosco, no parque ecológico de mesmo nome, no Lago Sul, é
um dos pontos mais procurados para quem gosta de contemplar o entardecer com o
pé na água – função que o Parque das Garças, no Lago Norte, também cumpre com
maestria. O espaço, agora com guarita, banheiro e bebedouro, reúne famílias e é
aberto a passeios com cachorros, desde que esses estejam presos na guia.