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À Queima-Roupa: Agaciel Maia (PL), futuro secretário de Relações Institucionais do DF

Agaciel Maia (PL), futuro secretário de Relações Institucionais do DF 

O que acontece se o Distrito Federal perder o Fundo Constitucional do DF?Como economista e especialista em orçamento público e tendo sido relator geral nos últimos anos do projeto de lei orçamentaria do DF, afirmo que a perda do Fundo Constitucional do DF representaria a falência do GDF e um caos na capital difícil de se imaginar.

O senador Randolfe Rodrigues, ao propor a extinção do Fundo Constitucional, disse que o orçamento do DF é “folgado”, enquanto outras unidades da federação enfrentam dificuldades. Concorda? Não. Estive presente no plenário e ajudei na aprovação do Fundo Constitucional do DF ocorrido no dia 27/12/2002, há 20 anos. A estrutura organizacional, orçamentária e financeira do GDF é toda montada com o Fundo Constitucional. Esse fundo é o alicerce de toda a estrutura de governo. Não existe folga em nossa lei orçamentária. O Fundo Constitucional é imprescindível para o funcionamento do GDF.

Por que esse tema, volta e meia, aparece? Por desinformação. A estrutura e complexidade do DF é singular. Começa pelo fato de abrigar mais de uma centena de representações diplomáticas acrescido a constante permanência das altas autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Por isso, a diferença das demais unidades da federação.

Acha que o DF corre risco de perder ou ver o Fundo Constitucional reduzido? Não. Sempre no início de novas legislaturas e tendo em vista a falta de informação sobre a necessidade do Fundo Constitucional para o DF, os novos parlamentares, ou seja, parlamentares de outros estados, sempre levantam essa tese de extinção ou redução do fundo. Que depois de explicada se dissipa. Portanto, isso não ocorrerá. Os congressistas, quando esclarecidos, tiram essa ideia da cabeça.

Qual vai ser a sua atribuição como secretário de Relações Institucionais do governo Ibaneis? As atribuições definidas na legislação que são: coordenação das relações institucionais com os demais Poderes do Distrito Federal e com os Poderes da República e dos Governos Estaduais e Municipais; articulação com a Câmara Legislativa do Distrito Federal, inclusive acompanhamento do Processo Legislativo; articulação com os demais entes da Federação, inclusive o Congresso Nacional; relações com a Sociedade Civil; relações com entidades sindicais, categorias profissionais, movimentos sociais e do terceiro setor. Precisamos também buscar recursos para projetos específicos definidos pelo GDF. Já temos vários propostos pela nova equipe de transição para os próximos 4 anos.

Qual é o principal desafio do segundo mandato de Ibaneis? O principal desafio é continuar aperfeiçoando as políticas públicas em especial a de saúde.

Você teve mais votos que seis deputados que se elegeram. Apostou no partido errado? Teria sido eleito em outro partido. Mas, a regra é essa. A política também é um jogo. Nem sempre o que faz mais é o que vence.


Ana Maria Campos – Correio Braziliense




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