O medo que envenenou
os últimos anos de todos nós ficou para trás. O ano que começa hoje chega com a
esperança de que possamos viver um ciclo de paz, ainda que com desafios enormes
que só vão ser superados com muito trabalho e união. A esperança alimenta a
alma, mas é o trabalho que transforma nossos sonhos em realidade. O limiar do
novo ano trouxe renovação de espírito. Agora é preciso cultivar a harmonia e o
interesse comum para que os benefícios de um tempo de paz se transformem em
prosperidade para todos.
Aqui no Distrito
Federal, estamos prontos para unir forças e enfrentar problemas que afligem
todos os brasileiros. Estamos livres da pandemia, mas a propagação da covid
ainda exige cuidados e sequelas que precisam ser enfrentadas com a mesma
coragem dedicada à fase mais aguda da doença. Também temos problemas de décadas
que exigem empenho que, posso garantir, não vai faltar, além de questões que se
impõem cotidianamente que demandam cuidado e atenção permanentes. E não há
tempo a perder.
Começamos o ano —
ainda este mês — com obras emblemáticas: a esperada reforma do Teatro Nacional,
um monumento cultural fechado há nove anos, o programa Drenar, que vai resolver
os problemas de alagamentos de várias superquadras do Plano Piloto e, em
seguida, Taguatinga, e a substituição integral do pavimento da Via Estrutural,
toda em concreto, entre outras obras.
Isso só é possível
porque fizemos uma transição entre os mandatos, encerrando um ciclo, estudando
os problemas enfrentados que ainda se refletem em várias obras e ações em todo
o DF e planejando cuidadosamente o que poderemos fazer nesses próximos quatro
anos. E foi feito um novo Plano de Governo.
A prioridade será a
conclusão de obras importantes, principalmente nas áreas de mobilidade urbana,
que sofreram atrasos por falta de alguns insumos nos mercados nacional e
internacional — ainda consequência da pandemia. Estamos procurando compensar
esses problemas com liberações em etapas, para que a comunidade possa usufruir
dos benefícios antes mesmo das inaugurações.
As obras vão
continuar. São necessárias em um DF que não vai parar de crescer e precisa ser
organizado. Nosso projeto é ambicioso, com a criação de três eixos com pista
exclusiva para ônibus (BRT), que vão beneficiar as pessoas que usam o
transporte público, a construção de mais 200 quilômetros de ciclovias, criando
a maior malha do país, e de mais sete conjuntos de viadutos, entre outras
obras. Também vamos ampliar a oferta de moradia para todas as classes sociais,
com milhares de unidades em 22 localidades, além da criação de bairros, como
forma de combater a grilagem de terras e oferecer residências com
infraestrutura completa.
Mas o empenho maior
neste novo mandato será na melhoria da nossa assistência da saúde pública e na
proteção social. Na saúde, vamos continuar enfrentando o problema de
infraestrutura deficitária que começou a ser atacado com a inauguração de mais
sete UPAs, ampliação e construção de hospitais e inauguração de 10 unidades
básicas de saúde, no primeiro mandato.
Nos próximos anos,
vamos entregar mais hospitais, UPAs e UBSs, além de aumentar o número de Caps
para a atenção à saúde mental. Vamos reformar e ampliar hospitais regionais e
aumentar o programa de cirurgias eletivas em parceria com a rede privada. Tudo
com equipes médicas completas. E as 605 equipes do programa de Atenção Primária
serão ampliadas. Hoje, temos 68% de cobertura, queremos bem mais.
Para a área social, o
objetivo é ampliar a rede de restaurantes comunitários, com mais cinco unidades
e aumentar o número de unidades de atendimento do Cras. O objetivo é continuar
com a maior rede de proteção alimentar do Brasil à disposição da nossa
população mais carente, mas preparando as pessoas para o mercado de trabalho,
com o reforço dos programas profissionalizantes — incluindo aí duas escolas
técnicas que estão quase prontas e outras quatro que vamos construir.
Ainda na área da
educação, vamos continuar ampliando o acesso das crianças às creches, com a
construção de mais centros de educação para a primeira infância e a ampliação
do cartão creche. E a Universidade do Distrito Federal vai ganhar câmpus em
Ceilândia e no Biotic.
Serão quatro anos de muito trabalho em todas as regiões do DF. Quero trabalhar sem pensar em política partidária, trazendo para perto todas as pessoas que queiram contribuir com uma cidade melhor e alimentar um tempo de paz. Aproveito para, mais uma vez, agradecer a confiança que a população depositou no meu trabalho que resultou na reeleição ainda em primeiro turno. E eu posso garantir que o melhor ainda está por vir.