"Eu estava lá!":
lembranças de atos bolsonaristas são vendidas na Catedral. Chaveiros com
"Eu amo Brasília", ímãs com fotos da arquitetura de Oscar Niemeyer e
canecas com fotos das manifestações bolsonaristas em frente ao quartel do
Exército: as lembrancinhas da capital brasileira
“É uma recordação histórica de
uma luta que foi difícil”, afirma Agnaldo Noleto, de 52 anos, vendedor de
souvenirs turísticos há mais de 30 anos em frente à Catedral de Brasília, a
poucos metros da Esplanada dos Ministérios. As canecas brancas trazem estampada
uma foto em que predominam as bandeiras do Brasil, símbolos dos atos
bolsonaristas, com a legenda: "Manifestação no QG do Exército em Brasília.
Eu estava lá!".
A "luta" apontado por
Noleto (que vende as peças por R$ 50), contudo, é encarada pela justiça como
atos de cunho golpista. Desde o dia 8 de janeiro — quando
bolsonaristas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do
Planalto e o Supremo Tribunal Federa (STF) — mais de 1,4 mil pessoas foram
presas.
Até a última sexta-feira (20/1),
o ministro Alexandre de Moraes, do STF, concluiu a análise das atas de
audiência dos bolsonaristas presos pelos atos golpistas na Praça dos Três
Poderes. Com isso, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em
prisão preventiva.
Balanço de vendas: "Tudo
acaba rápido, hoje não tenho quase nada", diz ao abrir sua barraca no
domingo (22/1), duas semanas após o atentado em Brasília, e depois de vender
sua última caneca com a imagem do ex-presidente.
Agência France-Presse –
Fotos: Douglas Magno/AFP – Blog - Correio Braziliense
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