Exposição ‘Brasil Futuro’, no
Museu da República, arrebata o público. São mais de cem obras visuais exaltando
a democracia, a diversidade cultural e a identidade plural do Brasil. Mostra
fica em cartaz até 26 de fevereiro
São mais de cem obras visuais
exaltando a democracia, a diversidade cultural e a identidade plural do Brasil.
Inaugurada no primeiro dia útil do ano de 2023, a exposição Brasil Futuro: as Formas da Democracia poderá ser
visitada até 26 de fevereiro no espaço expositivo principal do Museu Nacional
da República (MuN). A entrada é gratuita.
A mostra ‘Brasil Futuro’ reúne
mais de 100 obras de arte, incluindo a tela ‘Orixás’ (1962),
de Djanira da Motta e Silva (1914-79)
Os visitantes não são apenas os
moradores do DF, que aproveitam as férias para curtirem a programação cultural,
mas também turistas de várias partes do país, que nessa época do ano buscam
como roteiro a capital federal.
“Vários artistas trazem a sua visão
do Brasil atual. A exposição está linda, a mostra tem chamado bastante atenção
do público, as pessoas saem chorando” (Leisa Sasso, responsável pelo área
educativa do Museu Nacional da República)
Instigante, Brasil Futuro tem
três momentos. Um deles, intitulado Retomar Símbolos,
celebra a democracia soberana do Brasil, com um resgate vibrante dos símbolos
nacionais. O segundo, nomeado Decolonialidade,
exalta pautas relevantes e pertinentes, como a questão do feminismo, da
negritude, dos povos originários, do movimento LGBTQIA+ e da diversidade de
olhares.
Já a terceira fase, batizada de Somos Nós, instiga o público a refletir sobre a riqueza
étnica, de gênero, regional e de linguagens presentes na cultura do Brasil.
“Vários artistas trazem a sua visão do Brasil atual. A exposição está linda, a
mostra tem chamado bastante atenção do público, as pessoas saem chorando”,
comenta a professora Leisa Sasso, responsável pelo área educativa do MuN.
Explorando a pluralidade do povo
brasileiro e a riqueza cultural do país, Brasil Futuro reúne
trabalhos de artistas negros, negras, indígenas, nomes da comunidade LGBTQIA+,
criadores populares e históricos que ressignificam a Bandeira do Brasil de
maneira afetiva. Cerca de metade das obras expostas é dos acervos do próprio
MuN, também do Museu de Arte de Brasília (MAB) e da Presidência da República. A
curadoria do evento é formada pela antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, o
arquiteto Rogério Carvalho, o ator Paulo Vieira e o secretário de Cultura do
Partido dos Trabalhadores (PT), Márcio Tavares.
A estudante de São Paulo Ester
Salles com o pai, Ricardo: “Visitamos vários lugares em Brasília, mas este até
agora é o mais legal”, disse a jovem
A tela Orixás (1962),
de Djanira da Motta e Silva (1914-79), terá lugar especial na exposição. Entre
as preciosidades, obras de Anita Malfatti, Antonio Bandeira e Di Cavalcanti.
De férias em Brasília com a família, a
estudante de São Paulo Ester Algade Salles reconheceu um dos trabalhos da
exposição dos livros de arte da escola. “Foi bem emocionante. Visitamos vários
lugares em Brasília, mas este até agora é o mais legal”, confessa ela,
acompanhada dos pais e irmã. “Gosto de arte, quero trabalhar nessa área, artes
visuais, design”, planeja.
Anselmo Minch, servidor público
do Paraná, visita Brasília pela primeira vez: “É um lugar muito interessante
pela história, os traços de Niemeyer, e essa exposição mexe com as pessoas por
seu teor contrastante, faz a gente refletir sobre o momento atual em que
vivemos”
Servidor público do judiciário do Paraná,
Anselmo Minch, 55 anos, também aprecia artes plásticas. Em Brasília pela
primeira vez, não perdeu tempo e saiu com a família para visitar os espaços
públicos da capital. O Museu da República foi a primeira parada. Não se
decepcionou. “É um lugar muito interessante pela história, os traços de
Niemeyer, e essa exposição mexe com as pessoas por seu teor contrastante, faz a
gente refletir sobre o momento atual em que vivemos”, destaca.
Advogado, produtor cultural e entusiasta das
artes plásticas, Romildo Gastrão, 54 anos, se encantou com o que viu. “É o
retrato da arte brasileira dentro desse contexto da pluralidade que é o Brasil;
tem um recorte muito rico da arte brasileira”, resume.
Agência Brasília –
Fotos: Paulo H. Carvalho – Secretaria de Cultura do Governo do
Distrito Federal
Tags
ARTE