A mídia
registrou que mais de 250 mil pessoas foram à solenidade de despedida do nosso
Rei do futebol, Pelé, na Vila Belmiro, estádio do Santos, em São Paulo. Fato
significativo, importância. Documento vivo da paixão sincera de toda uma
comunidade por um ídolo, o jogador de futebol, um ser humano amado. Um
fenômeno.
Passaram
por lá figuras de diferentes integrantes da comunidade santista e brasileira.
Desde os lixeiros da Praia de Santos, sindicalistas, bancários, operários,
empresários, homens e mulheres de diferentes setores da sociedade paulista e
brasileira. Foram render homenagens a um homem que levou o nome do Brasil ao
planeta e à eternidade. Esteve lá também o presidente do Brasil, Luiz Inacio
Lula da Silva e o governador de São Paulo, Tarciso de Freitas.
Triste
ironia. Lamentável constatação. Mesmo com o corpo de Pelé exposto à visitação
pública durante 24 horas, nenhum jogador da Seleção Brasileira de Futebol,
nossa pretensa grife do futebol nacional, esteve presente para render
homenagens ao nosso maior símbolo, nosso ilustre representante. Nosso cartão de
apresentação diante do mundo da bola.
Como se diz
por aí, a vida se resume no detalhe. E aqui o detalhe vale ouro. Nossa Seleção
não acumula fracassos por acaso. Nossa Seleção não se apequena sem motivo. O
motivo tá aí. Faltam a ela integrantes que entendam o que é representar um
país, um povo, um sentimento e uma vontade de vencer.
Aqui, o
detalhe. O ex-jogador e hoje polêmico comentarista esportivo, Neto, deu o sinal
da nossa triste memória esportiva. Nenhum jogador da atual Seleção Brasileira,
fracassada no mundial do Catar, esteve presente na despedida de Pelé. Tite, o
comandante dessa mesma Seleção, nem sequer mandou flores ou uma simples e
modesta mensagem à família de Pelé.
Difícil entender isso, mesmo que haja entre eles um ou outro que tenha se manifestado de alguma forma. Um gesto negativo da Seleção, sob todos os aspectos. Já na eternidade, Pelé sinaliza com todas as letras e argumentos o porquê da sua grandeza incomparável e a supremacia no que se propôs a fazer em vida. E fez. Nota zero para a Seleção e seus comandos.