O Deputado
Distrital Thiago Manzoni participou de audiência pública nessa segunda (10)
para tratar da ocupação irregular de espaços públicos em Brasília pela
população em situação vulnerável. O evento foi promovido por Manzoni e pelos
Deputados Eduardo Pedrosa (União Brasil) e Paula Belmonte (Cidadania).
Achar uma
solução para a ocupação crescente de espaços públicos no Plano Piloto pela
população de rua foi um dos compromissos de campanha de Thiago Manzoni em 2022.
O tema é prioridade para o parlamentar pois tem tudo a ver com segurança e
liberdades individuais.
Durante seu
discurso, Manzoni enfatizou a importância de restaurar o vínculo familiar e de
gerar emprego para que essas pessoas tenham oportunidades melhores de vida.
"Enquanto nós estivermos entregando as nossas famílias e olhando para quem
gera emprego e renda como se fosse vilão, nós não resolveremos os problemas da
nossa sociedade", disse o Deputado.
Dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) apontam que existem
aproximadamente 3 mil pessoas em situação de rua no DF. Para Manzoni, o
problema é complexo e não tem uma solução simples. No entanto, o Deputado
acredita que a quebra do vínculo familiar é um dos primeiros motivos que agrava
a situação social do DF. "Enquanto nós, como sociedade, aceitarmos
que as nossas famílias sejam destruídas, nós estamos fadados ao fracasso",
disse Manzoni.
Além disso, Manzoni destacou que o trabalho traz dignidade aos cidadãos e, por
isso, é preciso respeitar os empreendedores, que geram emprego e renda e
contribuem para que a situação social melhore. "A nossa sociedade
criminaliza quem gera emprego e renda e acha que o empreendedor é vilão. Isso é
mentira. Sem empresário, não tem renda, não tem emprego, não tem dignidade para
as pessoas", enfatizou.
A senadora Damares Alves também participou da audiência e, em seu discurso,
afirmou que a questão da população em situação de rua é preocupante em todo o
Brasil. Ela enfatizou a importância de preservar as crianças. "Eu
trago a essa mesa o meu desespero com as crianças que estão em situação de rua.
[...] Neste momento, a gente precisa dar respostas bem rápidas. As pessoas
gritam por socorro. Eu manifesto aqui o meu empenho, o meu desejo de estar com
os senhores. Esse tema não pode nos dividir, ele tem que nos unir. Ele tem que
estar acima das nossas diferenças políticas, ideológicas, partidárias e
religiosas", enfatizou a senadora.
O Tenente Coronel Palhares representou o Subcomando da Polícia Militar do DF na
audiência e falou sobre as tentativas da PM de conversar com moradores do Plano
Piloto e com pessoas em situação de rua para resolver a questão. Segundo
ele, os índices de criminalidade na região central de Brasília são baixos, mas
muitos crimes que ainda acontecem se dão exatamente entre a população em situação
de rua, por disputas de território ou por drogas.
"Em 2021, nós tivemos 4 homicídios na Asa Sul. Em 2022, foram 2
homicídios. Esses crimes não são comuns na área do Plano Piloto. E quando nós
fomos observar a ocorrência desses crimes, fomos mapear e identificamos que
eles estavam acontecendo entre pessoas em situação de rua", disse o
policial.
O policial destacou que se compadece com a situação de quem não tem onde morar,
mas também se compadece dos moradores que convivem diariamente com a falta de
segurança que esses crimes geram. Palhares sugeriu a construção de abrigos
provisórios que possam dar acolhimento e dignidade às pessoas em situação de
rua, mas enfatizou que é preciso agir rápido. "Nós não podemos
permitir que Brasília, a nossa capital, vire uma cracolândia", alertou
Palhares.
Também participaram do evento o Administrador do Plano Piloto, Valdemar
Medeiros, policiais militares e representantes da sociedade, do GDF e do
Ministério Público do DF.