A inauguração do Túnel Rei Pelé, em Taguatinga,
terá uma presença ilustre na segunda-feira (5/6). Parceiro do maior craque do
século 20 no Santos e na Seleção Brasileira, Jonas Eduardo Américo, o Edu,
ponta-esquerda reserva na campanha do tri, em 1970, no México, desembarcará em
Brasília na noite de domingo para prestigiar o lançamento da obra batizada com
o apelido de um dos maiores amigos dele na carreira de jogador de futebol. O
blog apurou que o convite partiu do secretário de Governo do DF, o santista
José Humberto Pires.
Em entrevista por telefone ao blog, Edu sentiu
orgulho por representar um dos maiores amigos.
“É fantástico. Tudo que fizerem em homenagem ao
Pelé ainda é muito pouco pela representatividade que ele teve não somente para
o futebol, mas pelo nosso país. É uma honra participar de um evento dessa
grandeza. Representar os meus companheiros do Santos e por que não dizer a
família do Pelé. Tenho muita gratidão porque foi ele quem me levou para o
Santos e me apresentou ao clube. Eu não poderia deixar de ir. É motivo de muito
orgulho”, afirmou Edu.
Humilde, modesto e sempre bem-humorado, o atacante
brincou quando perguntei se estava falando com o Pelé da ponta-esquerda. “Não,
o Pelé é só um, não aceita imitações nem comparações”, riu ao telefone.
Edu tem história nos gramados da cidade. Em 1974,
ele começou a goleada por 4 x 0 do Brasil contra o Haiti como titular no velho
Mané Garrincha em um amistoso antes do embarque da Seleção para a Copa do Mundo
de 1974, na Alemanha. Ele também passou pela cidade em exibição com a camisa do
Santos no demolido estádio Pelezão. “Eu joguei aquela partida em 1974, mas
o Pelé não defendia mais a Seleção”, lembra o canhotinho.
“Por 10 anos, de 1966 a 1976, Edu desfilou sua
habilidade no drible e potência no chute no ataque do Santos. Em 584 partidas
com a camisa sagrada, marcou 184 gols, tornando-se o sexto atleta que mais
vezes jogou pelo Peixe e o sétimo artilheiro na história do clube. Pela Seleção
Brasileira, que defendeu nas Copas das 1966, 1970 e 1974, jogou 54 partidas e
marcou 12 gols, titular em toda a Eliminatória para a Copa do México, em que
formou no elenco campeão”, escreve os historiadores santistas Odir Cunha e
Guilherme Guarche, do Centro de Memória.
Edu conquistou o Campeonato Paulista quatro vezes
com a camisa do Peixe nas edições de 1967, 1968, 1969 e 1973. Ganhou também o
Torneio Rio-São Paulo em 1966, o Campeonato Brasileiro em 1968, uma Recopa
Sul-Americana e uma Recopa Mundial em 1968.