A
fitoterapia como aliada na saúde feminina foi o tema do CB.Saúde — parceria
entre Correio e TV Brasília — de ontem. À jornalista Carmen Souza, a clínica
geral especialista em fitoterapia Andréa Alvarenga falou sobre os benefícios do
uso do canabidiol para reduzir e retardar doenças como Alzheimer. “A cannabis
(medicinal) vem para melhorar isso, ela diminui a ansiedade, o estresse, deixa
o paciente mais feliz e controla essa perda da memória”, destaca.
Vamos
falar da saúde da mulher? Cuidados começam desde a infância não é
isso? Hoje em dia, cuidamos da gestação para que a mulher tenha mais
fertilidade e que tenha uma criança perfeita. A medicina evoluiu e temos muitas
condições e fitoterápicos para apoiar a saúde gestacional. Quando a mulher tem
o parto, é muito importante que toda essa flora vaginal esteja bem, pois é por
onde o bebê vai passar. No parto cesárea, que hoje em dia é muito comum,
pega-se com o cotonete um pouco desse conteúdo do canal vaginal e coloca-se na
boca da criança, que ali vai criar um meio de saúde estável e promover
bactérias saudáveis para esse bebê. Na puberdade, são muito importantes os
cuidados, pois preparamos essa menina desde 9, 10 anos, para que ela chegue bem
nessa primeira menstruação. O primeiro contato sexual também precisa ser um
ambiente tranquilo, porque a maioria dessas jovens está usando álcool e
contraceptivo desde cedo. As meninas têm usado contraceptivo com 13, 14 anos,
quando todo esse sistema complexo que nós temos ainda não está totalmente
preparado para isso. Então, o amadurecimento sexual de uma jovem só vai se dar
realmente aos 18 anos, quando o corpo dela vai estar preparado.
Vamos
pensar na outra ponta, no envelhecimento. De que forma a fitoterapia nos ajuda
com a longevidade, para o envelhecimento saudável? Depois que passou esse
período reprodutivo, falo muito que uma mulher deve ser acompanhada até o seu
envelhecimento. Você fez a sua passagem, teve seu filho e chegou aos 40 anos,
essa é a hora que ela tem que realizar um autoexame da mama, um autoexame de
suas secreções, observar como está seu período. Eu vejo muitas mulheres que não
realizaram os cuidados e, depois dos 40, 50 anos, tiveram câncer de mama. É
nessa hora que você tem picos hormonais; baixas hormonais; alterações,
inclusive emocionais, muito graves, que podem causar depressão e ser um início
para o câncer. Nesse momento, você tem que acompanhar de perto, tem que fazer
exames metódicos, e as plantas medicinais são ótimas. Então, por exemplo,
existem muitas plantas tônicas de testosterona que a gente pode usar.
Algumas
pesquisas mostram que podemos reduzir/retardar o avanço do Alzheimer com o uso
do canabidiol? Precisamos tomar uma decisão realmente sobre o nosso
futuro. E a cannabis (medicinal) está para esse momento como a penicilina
esteve para o século passado. Não é mais possível deter os benefícios dessa
planta que é uma farmácia. E eu fico vendo alguns pacientes que ainda não têm a
compreensão de que esso é uma planta usada desde antes de Cristo. Quando você
indica a cannabis (medicinal) para uma pessoa que está com estado demencial,
uma perda cognitiva avançada — trabalho com perdas cognitivas leves e graves. A
primeira coisa que esse paciente chega no meu consultório e fala é o seguinte:
“Doutora, eu sou mais feliz hoje. O que será que aconteceu?” O que está
acontecendo hoje com a população mundial? A maior doença é a depressão, é o
estresse, é a frustração, é o pânico. Nós estamos criando doenças mentais em
larga escala e estamos impactando as crianças com transtorno de espectro
autista, asperger e essas que têm crises convulsivas crônicas. Então às vezes,
eu escuto: “Infelizmente, não pode usar cannabis, isso é maconha”. Mas não tem
nada a ver com maconha. (Vídeo ~~~)