Nesta quinta-feira (3), a CPI da Câmara Legislativa do DF, que apura os
atos de 12 de dezembro e 8 de janeiro, recebeu o depoimento do major da PMDF,
Flávio Silvestre de Alencar. O Deputado Thiago Manzoni (PL-DF), membro da
Comissão, chamou a atenção para a prisão de dois agentes de segurança pública
feridos em combate, enquanto outras autoridades responsáveis pela segurança dos
prédios públicos permanecem em liberdade.
Ele ressaltou: "Só há duas autoridades públicas que estão presas, o major
Flávio e o coronel Naime. Os dois feridos em combate estão presos. E as outras
autoridades públicas, de quem era a responsabilidade pela segurança dos prédios
do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal,
continuam sem nenhuma decisão judicial contra elas. Nem o sigilo deles é
quebrado para saber que tipo de mensagem eles trocaram entre si, o que eles
sabiam e sobre o que se omitiram."
Thiago Manzoni apresentou um exemplo dessa injustiça ao mencionar o caso do
general G. Dias, aliado do presidente Lula, que dispensou o pelotão no dia 8 de
janeiro. "E ele ainda teve a audácia de vir aqui dizer que foi
sozinho enfrentar os manifestantes, a quem ele chama de terroristas. Mentira
descarada. Não foi enfrentar nada", explicou o parlamentar.
Ele também apontou que uma narrativa foi criada e absorvida por muitos
veículos de comunicação, inclusive alguns órgãos institucionais, com o intuito
de criminalizar a direita no país. Termos como "golpe",
"terrorismo" e "atos antidemocráticos" foram empregados
para criar essa narrativa, mesmo que sem significado claro, mas que, no
imaginário coletivo, servem para rotular a direita como criminosa.
Manzoni enfatizou que muitas pessoas não compreendem o verdadeiro
significado da democracia no Brasil. "Tem deputado aqui que usou
aquela tribuna ali para dizer que tem democracia na Venezuela, porque tem
eleição. Então é mentira, não foi golpe. Isso já foi desmentido aqui. Não tinha
terrorista lá. A lei define o que é terrorismo. Lá não tinha terrorista",
pontuou o distrital.