Ano
que vem, que está bem ali, acontece mais uma eleição municipal em todo o País.
Eleição municipal é de vital importância para o mundo político, muitas vezes
marco definitivo, para o bem ou para o mal de candidatos. O municipalista
Orestes Quércia, que foi vereador, deputado, senador e governador de São Paulo,
preconizava que o sucesso de um político depende do que ele faz pelo município.
Quercia morreu aos 73 anos em dezembro de 2010, e até hoje sua tese é tida como
verdadeira. O antigo PMDB, hoje MDB, está aí pra comprovar isso.
Aos
63 anos, Brasília, Capital da República, sede de todos os poderes, não tem
eleição municipal. Ano que vem, enquanto todos os políticos estarão se
estrebuchando Brasil afora em busca de votos pelas prefeituras, os políticos da
cidade estarão à procura de definições para o pleito de 2026. Ibaneis Rocha,
bolsonarista filiado ao MDB, está no segundo mandato como governador, e
sinaliza que a meta seguinte é a disputa por uma cadeira no Senado. Para seu
lugar no Palácio do Buriti, há um mundo de incertezas, e poucos se arriscam a
apontar favoritos. Izalci Lucas, senador tucano, Leila Barros, do PDT (aquela
do volei), e Keka Bagno do Psol bateram cabeças na eleição passada, e poucos
acreditam que eles possam voltar com alguma chance de disputa no próximo
pleito.
Eleita
para o Senado, com o apoio total, e apaixonada por Bolsonaro, Damares Alves
talvez seja indicada candidata do PL para a vaga de Ibaneis Rocha. Segundo
pesquisas, também estão nessa possível lista de indicados a deputada Celina
Leão, atual vice-governadora e filiada ao PP. Com justa e insistente campanha
de fortalecer as indicações para que se tenha mais mulheres nas disputas
eleitorais, a deputada Paula Belmonte, do Cidadania, também entra nesse rol de
prováveis candidaturas. Belmonte, também bolsonarista, transita facilmente na
alta sociedade, tem um discurso elitista e conservador, e não figura entre os
nomes que as pesquisas indiquem entre possíveis vencedores. O candidato do PT
na eleição passada, Leandro Grass, teve um desempenho considerado apropriado e
competitivo. Na campanha, foi prejudicado pelo fato de, a época, ser
desconhecido e também pela acachapante votação bolsonarista na capital, em que
Lula foi derrotado.
O
empresário Paulo Octávio, filiado ao PSD, talvez tenha, nas próximas eleições,
evidenciados méritos que possivelmente nem ele ainda tenha se dado conta. Ético
e vitorioso em suas atividades junto a sociedade, adquiriu ao longo do tempo
uma crediblidade que até os adversários partidários reconhecem. Tem um passado
político de superação, e hoje está de bem com a justiça eleitoral em todos os
sentidos. Casado com Ana Cristina Kubitschek, neta de JK, o político ainda não
se declarou candidato nas próximas eleições, mas quem o conhece acredita ser
essa a sua escolha. Tem 73 anos, uma história integralmente ligada à vida da
cidade e seus habitantes. Aos amigos têm revelado que essa pode ser a sua
chance de tornar realidade alguns anseios, visto que no passado, o ambiente
político era negativo às suas pretensões.
Brasília de Roriz, Lamaison, José Aparecido, Pithon Farias, Rollemberg, Abadia, Arruda e outros mais, agora é sexagenária e já merece um digno tratamento de senhora e respeitável Capital Federal, com homenagens sim senhor. Uma vez que no cerrado não há eleições municipais, que nos presentearia com um prefeito e uma prefeitura para chamar de nossa, atentemos para que os eleitos daqui cuidem bem do nosso rebanho. Com a seriedade e apreço que uma jovem senhora merece.