“Está
na hora de colocarmos o plano em prática”, enfatizou Freire. No encontro, foram
pontuadas as primeiras ações do documento que serão executadas, como a criação
de um selo de origem para produtos brasilienses, realização de caravanas
internacionais de negócios e criação de uma plataforma online com dados
econômicos e precificação de mercadorias. “Vencemos o período de discussão
sobre as melhores estratégias a serem adotadas, agora vamos executá-las”,
frisou.
O
plano de negócios foi formalizado em abril deste ano por meio da assinatura de
um memorando de entendimento. Uma das ações saiu do papel em maio e celebrou o
Dia Internacional da África em parceria com 33 embaixadas, com encontro de
negócios e evento cultural que reuniu mais de mil pessoas no Museu de Arte de
Brasília (MAB).
“Tenho
certeza de que, em breve, os produtos, os serviços e as tecnologias do Distrito
Federal terão seu potencial reconhecido e prontos para ganharem o continente
africano”, reforçou o secretário Paco Britto. Segundo ele, o escoamento de
mercadoria brasileiras por meio da Cedeao é estratégica, pela facilidade
logística de entrada de produtos pelo Atlântico. Entre os estados membros
encontram-se Cabo Verde, Gana, Libéria, Nigéria, Senegal, Togo, entre outros,
muitos do quais já realizam negócios com o DF.
Segundo
dados da plataforma Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, o Distrito Federal exportou U$ 26 milhões para o
continente africano em 2022. Entre os principais produtos estão pedaços e
miudezas de aves e bovinos, aparelhos de filtragem de água, peças e maquinários
agrícolas, motores a diesel e semidiesel, querosene de aviação, livros, entre
outros.
Em
contrapartida, países africanos venderam U$ 121 mil para a capital federal.
Entre as mercadorias estão tecidos, itens de vestuário, aparelhos elétricos de
telefonia, móveis de madeira e produtos de cristal. “Nosso objetivo é expandir
essa lista de produtos em ambos os lados. Já detectamos, por exemplo, o grande
potencial de exportação do DF em relação a serviços, como softwares e jogos
eletrônicos, que possuem empresas renomadas no DF”, explica Aparecido.