O deputado Thiago Manzoni lançou nesta segunda-feira (11) a Frente
Parlamentar em Defesa das Escolas Cívico-Militares. No plenário da Câmara
Legislativa do DF, a sessão solene teve a participação de parlamentares, da
secretária de educação, e gestores pedagógicos e militares das escolas.
Manzoni iniciou o evento agradecendo aos presentes por terem entoado juntos o
Hino Nacional e o Hino da Independência, uma homenagem posterior ao dia 7 de
setembro e um desagravo às escolas cívico-militares que foram impedidas de
participar do tradicional desfile de independência. "É uma honra
fazer parte da história das escolas cívico-militares que está sendo construída
no DF. As escolas cívico-militares são, em grande medida, defensoras dos nossos
valores e tradições mais virtuosos".
Em seguida, falou o secretário executivo de gestão
integrada da Secretaria de Segurança Pública do DF, coronel Bilmar Angelis de
Almeida Ferreira. "Eu gostaria de cumprimentar o deputado Thiago em
nome do secretário de segurança pública, Sandro Avelar, pela iniciativa. A
gente precisa olhar um pouco fora da caixa e ver os fatores que vão ser
propulsores para que a gente elimine o contato das nossas crianças com o crime,
com a violência, com a desordem e com o mundo das drogas."
O coronel do Corpo de Bombeiros, Moisés Alves
Barcelos, falou que é uma honra participar deste projeto de compartilhamento de
responsabilidades da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de
Educação. "Parabenizo ao senhor deputado pela iniciativa e ao nosso
governador, pois se não fosse ele, nada disso estaria acontecendo. Parabenizo
os professores, diretores, militares que fazem com que o projeto aconteça e a
vocês, alunos, que são os nossos diamantes".
As nossas escolas cívico-militares estão em um
ambiente de alta vulnerabilidade social, e a disciplina e outros valores
ensinados se tornam um programa de segurança pública a longo prazo. Esse
aspecto foi o principal ponto da fala do comandante da Companhia de Colégios
Cívico-Militares do DF, Major Fagner De Oliveira Dias. "A gente chega a
pegar situações em que o aluno chega de chinelo com prego, porque não tem
dinheiro para ter um calçado, e a gente, policial, muitas vezes faz uma
vaquinha para ele ter um calçado. Alguns deles têm pais presos e não têm uma
estrutura familiar bem definida, então eles precisam do apoio da escola."
O supervisor disciplinar do Colégio Cívico-Militar CED 308 do Recanto das Emas,
sargento Wilson Salvador de Oliveira, quem fez o projeto de implantação das
escolas deste modelo no DF, contou uma situação recente na qual foi fundamental
a pronta atuação de militares no CED 308. "Naquela época em que
tivemos ameaças de ataques nas escolas, um aluno disse que um colega faria um
ataque e mataria muita gente na escola. Na casa do aluno, tinham mesmo armas e
até carta de despedida, e a gente não divulgou isso à época para não causar um
pânico, e realmente foi evitado."