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Crianças e idosos podem aderir à dieta vegana, afirma nutricionista clínica

Crianças e idosos podem fazer dieta vegana


Com benefícios para a saúde, como melhora da longevidade, controle de peso e combate a doenças crônicas, uma dieta vegana pode ser adotada por crianças e idosos. É o que a nutricionista clínica Shila Minari explicou durante entrevista, ontem, ao CB.Saúde — programa da TV Brasília em parceria com o Correio. Na bancada, a jornalista Carmen Souza perguntou quais são os cuidados necessários para não gerar deficiência de vitaminas nos pacientes, por exemplo.

 

Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), com doutorado em nutrição, Shila disse que há uma preocupação maior de garantir que a criança tenha uma alimentação adequada para não comprometer o desenvolvimento. “Em muitos casos, é necessário usar uma suplementação profilática para não correr o risco de ficar com alguma deficiência. Muitos idosos não têm problema nenhum com consumo proteico, mas diante da dificuldade de mastigação, a gente toma um pouco mais de cuidado”, destacou a nutricionista. (Vídeo ~~~)

Qual a diferença entre o veganismo e o vegetarianismo? De uma forma bem ampla, talvez a definição mais aceita é a de que quando a gente fala de vegetarianismo, normalmente está se referindo a uma dieta em que a pessoa não come carnes, mas inclui derivados, tipo ovos e laticínios. Uma dieta vegana seria a que não tem nenhum alimento de origem animal. É um pouco diferente do veganismo que, como filosofia, estilo de vida, engloba não só alimentos, mas também não usar nenhum produto, cosmético e nada que envolva, de alguma forma, sofrimento animal, exploração animal. Um termo que está sendo muito usado agora é o da dieta plant-based, à base de plantas. A principal fonte de nutrientes e de calorias são os alimentos de origem vegetal, mas que também pode conter coisas de origem animal.

 

A dieta vegana pode ser praticada tanto por crianças como idosos? Quais são os cuidados para cada tipo de pessoa? Tem muita criança vegana, tanto filhos de pais veganos como crianças cujos pais não são veganos, mas que entendem que é um animalzinho e elas não querem consumir. Com criança a gente toma um cuidado maior em relação ao adulto no ajuste tradicional, porque se um adulto tiver uma deficiência de ferro por alguns meses, a gente corrige e vida que segue. Para uma criança, isso pode ser mais grave e comprometer o desenvolvimento. Por isso, temos uma preocupação maior de garantir que ela tenha uma alimentação adequada. Em muitos casos, é necessário usar uma suplementação profilática para não correr o risco de ficar com alguma deficiência. Com idosos, dependendo da fase, a gente tem uma preocupação cada vez maior com a sarcopenia, que seria esse processo de perda de massa muscular, óssea e de fragilidade. Muitos idosos não têm problema nenhum com consumo proteico, mas, diante da dificuldade de mastigação, a gente toma um pouco mais de cuidado.

 

Quais são os benefícios e os riscos de se praticar uma vida livre da comida de origem animal? Há um consenso de que quanto mais plantas, frutas, vegetais, leguminosas, alimentos integrais e sementes, melhor para a saúde. De forma geral, isso ajuda a diminuir o risco de todas as doenças crônicas, melhora a longevidade e o controle de peso. A maior parte dos benefícios relacionados ao vegetarianismo está atrelada ao fato de ser uma alimentação que tem muito mais desses alimentos e menos de produtos de origem animal que, em excesso, podem trazer malefícios à saúde, principalmente pela sua composição. Não precisa ser tudo ou nada.

 

Levantamento do Ibope, de 2018, mostrou que 14% da população era vegana. Como está a realidade entre os moradores do DF? É bem provável que tenha aumentado. Quando comparamos a pesquisa de 2012 com a de 2018, aumentou de 8% para 14%. De experiência clínica, cada vez mais têm pessoas se interessando mais por adotar uma dieta vegetariana ou, talvez, reduzir de alguma forma o consumo de carnes.


Pedro Marra – Foto: Ed Alves – Correio Braziliense




 

 

 

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