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Castelinho do Parque da Cidade: nostalgia e novas aventuras

Castelinho do Parque da Cidade: nostalgia e novas aventuras. Reaberto recentemente, após nova reforma, o Castelinho do Parque da Cidade é, para os mais velhos, sinônimo de boas memórias e, para os pequenos, de aventura garantida


Com janelas imponentes e corredores misteriosos, uma fortaleza chama atenção das crianças que passeiam pelo Parque da Cidade Sarah Kubitschek. Ávidos por colocar os pés na areia e conquistar o seu espaço no Castelinho, os pequenos não perdem tempo quando o assunto é diversão. Agora colorido, limpo e seguro, o playground é, também para os adultos, símbolo de boas memórias afetivas.

Para a comunicadora Elaine Bottesini, 45, é um prazer poder levar os filhos a um espaço que já lhe foi tão atrativo. Na infância, ela e os dois irmãos brincavam e faziam piqueniques todos os fins de semana no Castelinho. "Me recordo que a gente imaginava que cada um era dono de uma parte do castelo e que, portanto, deveríamos defendê-lo", contou.


A memória do suco e do bolo de chocolate compartilhados em família, nos gramados do playground, é a que mais lhe gera saudades. "Enquanto a gente se divertia, minha mãe ficava sentada nos observando e costurando roupas para minhas bonecas", disse. Com o passar dos anos, porém, o local ficou abandonado e tornou-se perigoso. "Uma pena para as crianças, né?".


Agora reformado, o espaço voltou a chamar sua atenção. "Hoje, trouxe meus filhos pela primeira vez e estou muito feliz com a revitalização. Está mais seguro, colorido e acessível, então, virei com uma frequência maior." Os gêmeos Luca e Giovanna, de 1 ano e 6 meses, também aprovaram o espaço. "Eles estão livres e, sentindo-se independentes, caminham por todos os lados e já conseguem subir as escadas", comemorou Elaine.


Melhorias: A bancária Mônica Bassoli, 45, passeava, a cada dois meses, pelo Castelinho. Dessa vez, trouxe a sobrinha Lana, de 5 anos, para também ter essa experiência. "Antes da revitalização, eu até vinha com ela, mas não me sentia segura e achava muito sujo. Agora, todo colorido e bem estruturado, está lindo", celebrou. No interior do parquinho, a pequena brincava, concentrada, de massinha de modelar com os amigos. "Lana acha que aqui é a casa dela, sua própria fortaleza", acrescentou, aos risos.


Já para Ramon Nascimento, 38, as mudanças foram positivas, mas ainda há o que melhorar. "Faltam bebedouros próximos ao espaço. Além disso, disseram que haviam reformado a estrutura dos brinquedos, porém não notei diferenças. O ponto positivo é que colocaram um vigilante para garantir a segurança do local, que sofria com depredações", argumentou.


O servidor público aproveitou o feriado de Dia do Evangélico para levar os filhos Aurora, 5, e Augusto, 3, ao Castelinho. "De toda forma, viremos ao menos uma vez por mês, pois as crianças gostaram bastante, tanto que estamos aqui há três horas", comentou Ramon.


Para Luiz Gustavo Cavalcanti, 41, que coleciona histórias no playground, o local é uma das melhores áreas infantis de Brasília. Quando criança, ele se recorda das brincadeiras de esconde-esconde e até da participação em festas de aniversário dos familiares.


Dessa vez, trouxe os pais, a sobrinha Betina, de 6 anos, e as filhas Clara, 4, e Catarina, 1 ano e 6 meses. "Tinha uns 20 anos que eu não vinha aqui. Hoje, quis revisitar um pouco da minha infância e aproveitei para trazer a família. É a primeira vez das meninas no Castelinho", contou. Betina e Clara elegeram sua parte preferida: o escorregador. "Ainda estamos conhecendo, mas queremos voltar outras vezes", disse a mais velha.

Quem também gostou e explorou todo o espaço foram as irmãs Ana Helena, 8, e Ágata, 2. Filhas do empresário Adanson Morais, 52, as meninas vieram de Águas Claras para curtir o feriado na fortaleza colorida. "Não me recordo de vir aqui na infância, pois costumava frequentar mais o Parque Ana Lídia, mas lembro do quanto estava abandonado. Agora, melhorou bastante, já que o Parque da Cidade nunca apresentou muitas novidades", relatou.


Mais segurança: O espaço que esbanja nostalgia para o servidor público Wellington Souza, 56 anos, também é motivo de preocupação. Há quatro dias, frequentadores do parque encontraram um corpo a poucos metros do local. Era de um homem, aparentemente em situação de rua. Wellington lembra que não é a primeira vez que isso acontece, mas considera que o problema não está no Castelinho. "Há uma necessidade de mais segurança no Parque da Cidade como um todo. Não me sinto seguro para caminhar aqui à noite, por exemplo", disse. 

Procurada, a Secretaria de Esporte e Lazer informou que tem atuado com veemência para fortalecer a segurança no Parque da Cidade. Diversas ações foram implementadas no local. A mais recente foi o reforço na iluminação do Ana Lídia, ação que será estendida a todo o Parque da Cidade. Além disso, há a permanência efetiva de policiais militares ciclistas, polícia montada e motorizada e o monitoramento feito por câmeras.

A PM disse que o 1º BPM vem atuando com efetividade, reduzindo os índices de ocorrências policiais dentro do parque. A PM informou, ainda, que o policiamento em todo o DF, inclusive no Parque da Cidade, será reforçado com o Policiamento Intensivo de Natal (PIN).


Letícia Mouhamad – Fotos:  Marcelo Ferreira/CB – Correio Braziliense




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