A
poucos dias para o fim de 2023, muitas pessoas aproveitam o período para
repensar a vida pessoal e profissional. Saúde, carreira, vida amorosa, futuro;
enfim, tudo se resume em uma palavra: a tal busca da "felicidade",
algo que está intimamente ligado ao bem-estar, à qualidade de vida, ao
sentir-se bem.
Segundo
pesquisa realizada pela empresa Alice SA — "Como anda a saúde dos
colaboradores nas empresas brasileiras" —, a preocupação com o bem-estar
físico e mental dos colaboradores aumenta o engajamento nas empresas em 35%. Do
total de entrevistados, 40% relatam estar com a saúde boa ou ótima. Essa baixa
porcentagem de pessoas com a saúde em dia é um dos motivos da diminuição de
produtividade, afetando diretamente a satisfação dos funcionários. O estudo
ouviu mil pessoas de todas as regiões do país, em outubro deste ano.
Outro
dado que chama a atenção no levantamento é que cerca de 40% do tempo em que as
pessoas estão acordadas elas estão ocupadas com o trabalho, ou seja, quase a
metade do dia, pelo menos cinco dias por semana. Por isso é que o melhor mesmo
é trabalhar feliz. Se para muitos a felicidade é um sentimento de bem-estar,
contentamento, prazer, equilíbrio, harmonia e prática do bem, para o filósofo e
sociólogo alemão Karl Marx está atrelada à força produtiva e a interesses
particulares de classe.
A
verdade é que a procura pela felicidade é ampla e praticamente
inatingível — difere de pessoa para pessoa, de país a país ou entre
culturas. Mas, recentemente, virou objeto de estudo. Até mais: transformou-se
em curso universitário. A Universidade Cesumar, em Maringá (PR), oferece a
graduação em ciência da felicidade. O curso é no formato a distância e dura
dois anos.
Na
descrição, a instituição propõe a transformação de vidas e a multiplicação de
pessoas interessadas em autodesenvolvimento. Ao todo, são oito módulos, com a
oferta de disciplinas como: saúde integrativa, psicologia positiva, saúde na
natureza, sabedoria ancestral da felicidade, inteligência emocional e
relacional e relaxamento e meditação.
Alguns
especialistas em qualidade de vida chegam a propor a contratação de um
"gerente" ou "diretor da felicidade" nas empresas. Ele
seria responsável por oferecer aos trabalhadores vantagens como: um diálogo
aberto entre empresa e colaboradores; palestras, cursos, treinamentos e
workshops sobre cada área; cultura positiva, com ações que premiam aqueles que
acreditam na empresa; políticas flexíveis, como criar um vínculo entre a
empresa e a família do contratado; líderes acolhedores que conhecem seus subordinados
a fundo etc.
Fato
é que não há mais espaço para pessoas ou empresas que pensam apenas no
faturamento. Que a cultura da felicidade recaia sobre nós. Profissionais
felizes tendem a ser mais criativos, mais motivados e, consequentemente, mais
produtivos. E nada melhor do que o início do ano para começar a pensar nisso.