A
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, na tarde desta terça-feira
(5/12), o projeto que trata da concessão da Rodoviária do Plano Piloto para a
iniciativa privada. Os distritais que integram a oposição e a base governista
bateram boca sobre o projeto, que tramita na Casa desde 2021.
Em
tese, a comissão é a última antes de qualquer projeto ir ao plenário para
votação. Durante a reunião entre os distritais, o deputado Fábio Felix (PSol),
contrário ao projeto, pediu vistas para que a privatização da Rodoviária do
Plano Piloto não fosse deliberada pelos integrantes da CCJ. O parlamentar
argumentou que a proposta não chegou a tramitar em todas as outras comissões,
descumprindo um acordo entre os próprios parlamentares. Ele apresentou um voto
separado.
Com
a sessão ordinária na CLDF iniciada, o deputado Robério Negreiros (PSD), líder
do governo, colocou o projeto em votação na CCJ, levando a fúria da oposição.
“Presidente, questão de ordem. Quero que Vossa Excelência vote artigo por
artigo, conforme cita o regimento interno. É uma solicitação de um parlamentar
eleito”, disse o parlamentar, repudiando a decisão. Em resposta, Negreiros
disse que o distrital estava atrapalhando a votação. "Estou seguindo o
regimento. Você está querendo ganhar jogo na questão do plenário", rebateu
o líder do governo. Veja o vídeo.
Tramitação: O
projeto, agora aprovado na CCJ, pode ser levado para votação no plenário,
apesar de haver a necessidade de tramitação em mais duas comissões. O
presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), reiterou que deverá seguir o acordo
entre os parlamentares para que o projeto seja votado em todas as comissões — o
que pode deixar a privatização da Rodoviária do Plano Piloto para 2024.
Se
seguir o rito, ainda é necessária a aprovação da Comissão de Transporte e
Mobilidade Urbana (CTMU) e Comissão de Comissão de Fiscalização, Governança,
Transparência e Controle (CFGTC).
O
projeto está na Casa desde 2019, mas teve o rito interrompido porque
necessitaria de uma aprovação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF),
autorizando a concessão — o que ocorreu apenas em julho deste ano.
O
projeto, há duas semanas, foi aprovado na Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças (CEOF). Antes, tramitou na Comissão de Assuntos
Fundiários (CAF), sendo repudiada por deputados da comissão em todas essas
comissões.