As
estudantes Luísa Batista Mesquita e Amanda Seillier Navai, ambas do
Distrito Federal, alcançaram uma posição de destaque na 18ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas (OBMEP) e ganharam medalhas de ouro. Isso
porque as alunas do Colégio Militar Tiradentes foram as primeiras
colocadas na categoria feminina nos níveis 1, para alunos do sexto e sétimo
ano, e 2 (oitavo e nono ano).
Luísa,
14 anos, concorreu no nível 1 e conta que estudava todos os dias. A aluna
afirma que a jornada olímpica não tem uma receita especial a não ser se
esforçar bastante. "Matemática não tem truque, você tem que se dedicar,
esforçar, estudar e persistir", diz. Para se preparar para a Olimpíada, a
adolescente participou de projetos, aulas extracurriculares e grupos de estudo,
além de resolver exercícios de apostilas com provas anteriores. "Quando
erro a questão, refaço", pontua a estudante.
O lugar de destaque na OBMEP faz Luísa ter a esperança de inspirar outras meninas que desejam seguir o mesmo caminho. Segundo ela, a falta de representatividade feminina nas áreas de exatas contribui para que adolescentes com potencial se sintam desestimuladas. A mãe de Luísa, a profissional de ciência da computação Juliana Batista, lembra que a família sempre gostou de matemática e se sente feliz em ver meninas e mulheres conquistando espaço em áreas majoritamente ocupadas por homens.
Luísa
e Amanda participaram do programa de iniciação científica da Universidade de
Brasília (UnB), que ocorre todos os sábados, além de um programa de extensão oferecido
pelo Departamento de Matemática. "O projeto fomenta a participação de mais
meninas do Distrito Federal em Olimpíadas de Matemática. A ideia é melhorar
este cenário, bem como proporcionar aos nossos licenciandos dos cursos de
matemática da UnB uma formação em treinamento de estudantes para
olimpíadas", informa a UnB.
"O
objetivo principal é incentivar a participação de meninas nas Olimpíadas de
Matemática e aumentar o número de meninas medalhistas, não apenas para que as
meninas sejam olímpicas, mas também para que se interessem por ciência de forma
geral", acrescenta a universidade.
Segundo
Danielle e Juliana, mães das alunas medalhistas, esses projetos são
fundamentais para aumentar a participação feminina nas Olimpíadas e na ciência.
Iniciativas específicas, como a Olimpíada Feminina de Matemática do Estado da
Bahia, também foram citadas pelas estudantes Amanda e Luísa como importantes
para incentivar meninas a ingressarem na jornada olímpica.
A~~lista de premiados da
18ª edição da Olímpiada Brasileira de Matemática foi divulgada em dezembro do
ano passado.