Durante a cerimônia, os 220 profissionais assumiram
os mandatos para atuar nos 44 conselhos tutelares distribuídos nas 35 Regiões
Administrativas. Os novos profissionais exercerão o cargo no período de 2024 a
2027, com dedicação exclusiva e salário de R$ 6.510 (valor reajustado em 40%
pelo Governo do Distrito Federal). Todos passaram por um curso de formação
inicial entre novembro e dezembro do ano passado.
Os membros foram eleitos em outubro do ano passado
em votação recorde, quando 232 mil eleitores participaram do pleito, um aumento
de mais de 50% em relação à eleição anterior e que deu ao Distrito Federal o
título de campeão de participação no Brasil. Além dos titulares, 440 suplentes
também foram eleitos.
“Nós estamos vindo de um processo de construção [de novos conselhos] e de melhoria da remuneração que se iniciou no primeiro mandato, sendo reforçado nesta gestão quando na eleição nós levamos mais de 50% de eleitores do que na passada. Isso dá muito orgulho para o governo do DF, significa que nós levamos essa política pública com seriedade e transparência”, analisou a governadora em exercício.
A titular da pasta também lembrou os avanços que o segmento teve ao longo deste governo: “Conseguimos conceder 40% de aumento na remuneração e, junto com isso, trouxemos melhorias tanto na estrutura física, como na segurança”.
Atualmente, o DF conta com 44 conselhos tutelares.
As unidades mais recentes entregues pelo governo estão em Santa Maria,
SCIA/Estrutural e Sol Nascente/Pôr do Sol, sendo uma edificação em cada
localidade. Há previsão da construção dos conselhos tutelares para as
recém-criadas regiões administrativas de Arapoanga e Água Quente, que já contam
com conselheiros tutelares empossados na cerimônia.
Papel da categoria: Entre os conselheiros nomeados, cerca de 50%
retomam os cargos. Esse é o caso de Thelma Mello, conselheira tutelar do Plano
Piloto. Reeleita, ela avaliou o dia da posse como fundamental para reforçar o
papel da categoria na sociedade.
“A função do conselheiro tutelar é justamente
efetivar as políticas públicas para os direitos das crianças e dos
adolescentes. É importante termos esse evento aqui para mostrar um Conselho
Tutelar diverso e que dialogue com a comunidade”, defendeu.
Por já ter exercido o cargo, Thelma sabe da
necessidade dos conselheiros. “Recebemos desde ocorrências de cárcere privado
até crianças em situação de rua. Então, a gente faz uma parceria mesmo e
trabalha em rede para que essas crianças possam ter uma escola em tempo
integral, acesso às políticas públicas. Estamos aqui para ver o problema e
tentar inserir essa discussão na pauta da comunidade”, disse.
A outra metade de empossados é composta por
profissionais que nunca exerceram o cargo. A contadora Lorena Ribeiro é uma
delas. Conselheira tutelar de Taguatinga, ela conta que sempre foi engajada nos
cuidados com as crianças e os adolescentes, mas que essa foi uma oportunidade
de realmente lutar pela causa.
“Já trabalho com a parte de ação social há mais de
10 anos, então resolvi me comprometer diante da sociedade e fazer esse
trabalho. É uma responsabilidade muito grande, porque é uma área muito sensível
da sociedade. Tenho certeza que vou ajudar e me engajar bastante”, disse
Lorena. (Vídeo ~~~)